Tatuagens
e Piercings... Introdução
Tatuagens
e Piercings, onde está o pecado nisto!?
Amados, antes de começarmos esta jornada, sim,
pois para que entendamos algo é necessário que nos aprofundemos em conceitos
que de certa forma circunda a essência deste algo em questão! Portanto, iremos
fazer uma viagem há tempos, mais remota. Faremos um apanhado histórico,
científico, psicológico e teológico no decorrer deste estudo, para que possamos
entender o quanto questões simbólicas estão arraigadas em nossas vidas. Por
exemplo, ao nos depararmos com terminologias originais, percebemos que o fato
de algumas delas terem origens gregas, romanas, egípcias e ou quaisquer outras
origens, que seja, não significa dizer que seus conceitos são errôneos, que não
condizem com a verdade.
Outra coisa que temos que entender é que
simbologias tonaram-se línguas e muitas delas são oficiais até hoje, umas
conhecidas através do alfabeto o qual conhecemos a exemplo de, a maioria das
línguas existentes. Mas existem àquelas que não perderam por completo suas
simbologias, a exemplo de algumas línguas orientais, as quais ficaram
conhecidas como caracteres... E mais, devemos entender que questões de
simbologias envolve comunicação, portanto, quaisquer que seja o símbolo, ele
está sempre ligado diretamente com a questão comunicação, seja esta apenas
considerando as questões visuais, seja representando questões mais profundas da
comunicação em forma de símbolos linguísticos...
Portanto ao se falar em tatuagens e sua
trajetória histórica, deve-se entender que as mesmas tinham como propósito, de
representarem, beleza, força e poder, em se tratando de guerras, elas definiam
uma tribo ou clã e serviam para manter o medo de determinadas etnias e ou povos
em relação a seus inimigos. É bom lembrarmos ainda, que cada desenho tinha algo
a representar, a comunicar e tinha muito e ou tudo a ver com as divindades as
quais se dedicavam sacrifícios e muitas vezes, suas próprias vidas, elas
representavam estas entidades religiosas e muito misticismo...
Mas temos que entender também, que, por outro
lado, nem sempre alguns destes conceitos condizem com a verdade, por isto mesmo
que é necessário que façamos uma pesquisa para sabermos separar a realidade dos
fatos, da ficção e da mentira. Mas como se dar isto, como poderemos fazer uma
diferenciação necessária, eficiente e saudável, de forma que possamos retirar e
separar os mitos das verdades existentes!?
Para entendermos melhor isto, basta pensarmos
da seguinte forma, a palavra “Mentor” tem origem Etimológica no latim, Mēntŏr, ŏris,
de acordo com a antropologia, do grego Méntōr, personagem da Odisseia, de
Homero, sVIII a.C.
Esta obra narra à saga de Odisseu, rei de
Ítaca, que saiu para Guerra de Troia. Ele designou seu velho amigo, mestre e
conselheiro “Mentor” como guardião da família real e de seu filho Telêmaco.
Mentor, amigo e conselheiro de Ulisses e que Palas Atena tomou como inspiração
e exemplo para instruir e formar Telêmaco em questões intelectuais, e foi
justamente daqui que surgiu o respectivo “Mentor”, como o conhecemos hoje. Com
seu uso como uma espécie de conselheiro; ao qual chamamos de 'conselheiro,
guia'.
Mentor é ainda alguém com mais experiência na
área de interesse do Mentee, que é “alguém
que está sendo iniciado no conhecimento”, àquele que por ter um
conhecimento dos mais relevantes, repassar o que aprendeu, instruindo, como
tutor e ainda ao pupilo, discípulo, com a prática, o estudo e a observação de
casos... Entendam amados, nem por isto o conceito de “Mentor” deixou de fazer algum
sentido!
Igualmente temos que ter o mesmo pensamento em
se tratando de mitos e ou lendas, por exemplo, no Brasil temos a história e ou
lenda do saci-pererê. Se eu lhes disser que a lenda do saci existe, e que ela é
real, imediatamente alguns a associam a seu personagem principal e negam esta
afirmativa! Mas amados a lenda existe sim, e ela faz parte de nosso folclore,
agora o mito envolto a ela, o personagem em questão, o saci, este sim não
existe em nosso mundo real, mas existe em um mundo de fantasias, que, queiramos
ou não, faz parte de nossa cultura! Mas é bom ressaltarmos que, sua lenda
existe e ela independe de que seu personagem exista ou não no mundo real, neste
sentido, pois uma coisa depende da outra para poder existir, muito embora a
lenda independa da existência real de seu personagem! Ou seja, a lenda apesar
de depender da existência histórica e mitológica de seu personagem, mas não
necessariamente este personagem precisa ser real em nosso mundo; mas precisa
existir no mundo das fantasias, pois neste sim, sua existência é
imprescindível, caso não exista, sua lenda também inexistirá!
No decorre do tempo ele adquiriu forma
inimagináveis, como por exemplo, a figura do saci surge como um ser maléfico e
brincalhão e de acordo com alguns, gracioso, conforme as versões comuns no sul
do país.
Neste sentido a mitologia africana o
transformou em um negrinho que perdeu uma perna lutando capoeira, este conceito
e imagem prevalecem nos dias de hoje... Ele herdou também da cultura africana,
o pito, uma espécie de cachimbo e, da mitologia europeia, herdou o píleo, um
gorro vermelho usado pelo lendário trasgo. Trasgo é um ser encantado do
folclore do norte de Portugal, especialmente da região de Trás-os-Montes.
Rebeldes, de pequena estatura, os trasgos usam gorros vermelhos e possuem
poderes sobrenaturais.
É bom lembrarmos que temos esta figura
emblemática, graças ao escritor Monteiro Lobato, que realizou uma importante pesquisa
neste sentido e o criou...
É bom salientar também, que justamente pelo
que lhes disse até agora, que é necessário retirarmos o véu da ignorância e
tratarmos o assunto com prudência e de forma apropriada!
Como já nos alertava Juan Eduardo Cirlot e
Mircea Eliade, sobre as implicações para nossa vida, que os símbolos têm, além
das atitudes envolta a relação a objetos como símbolos dentre outras
considerações, como o fato de imagens e da irracionalidade:
“um
meio de subverter as normas existenciais, sujeitar o mundo inteiro ao princípio
do prazer e entregá-lo à liberdade dos sentidos e desejos.”
Cirlot (1996, p. 84).
“As
ostras, os mariscos, o caracol, a pérola são solidários tanto das cosmologias
aquáticas como do simbolismo sexual”.
Eliade (1991, p. 123-125).
Por isto mesmo quero aqui retratar as questões
que envolvem as “Tatuagens” e “Piercings”; mas antes, quero deixar bem claro
amados, que minha opinião aqui não vale de nada, justamente por isto e tão
somente irei retratar de acordo com a “A Palavra de DEUS”; as "Escrituras
Sagradas" e tomando algumas referências externas como alguns dicionários
de símbolos e suas representatividades no decorre do tempo, as questões
filosóficas, psicológicas e teológicas, dentre outros aspectos espirituais e de
caráter humano e, principalmente o que nos diz as palavras em seus originais em
se tratando das "Escrituras Sagradas", pois elas têm muito a nos
dizer...
E ao considerarmos a própria origem da escrita e do alfabeto, temos que
a palavra alfabeto vem de “alfa” e “beta”, que são as duas primeiras letras do
alfabeto grego e que por extensão é utilizada como base para a maioria dos sistemas
de escritas.
É bom lembrarmos também, que o próprio "DEUS"
nos deixa claro que não tem por culpado o inocente, ou seja, se por
desconhecimento ou ignorância, não se conhece as "Escrituras
Sagradas" e que por este motivo se faz algo de errado; considerando ainda,
é claro, que este algo seja pecado diante de "DEUS", isto porque algo
de errado, pode ser apenas falta de conhecimento sobre as implicações deste
algo, além de que, pode ainda não ser algo tão grave. Por exemplo, uma
informação errada não é certo, mas não constitui-se um pecado se a mesma foi
dada por engano, apesar de ser falta de prudência, mas se a mesma foi dada com
o intuito de engana, eis aí o pecado. Se for mesmo um pecado, o que veremos
isto mais adiante, portanto, sendo inocente, ele não vai condenar quem quer que
seja; até mesmo porque, isto nos parece algo tão banal para uma condenação ou
até mesmo desproporcional, será mesmo! Veremos se isto é mesmo verdade no
decorrer do estudo e em relação às tatuagens e piercings.
Atentem para as passagens logo mais abaixo.
Mas entendam amados, o inverso, ou seja, o outro lado da moeda, também deve ser
considerado, sendo assim, enquanto que o inocente não lhe é imputado a culpa,
já o que estar consciente de que está fazendo algo que "DEUS"
reprova, este pagará seu preço por desobedecer ao que estar escrito nas
"Escrituras Sagradas"; a “Palavra de DEUS”, suas recomendações e
ordenanças. Lembrem-se ainda, por causa do pecado Adâmico, tivemos nossa
destruição, nossa condenação decretada, mas “Graças a DEUS” e sua interferência
na pessoa de Cristo e em tudo que isto implica, as portas do inferno se
trancarão para nós e as do paraíso se abrirão; isto quando estivermos em
comunhão com "DEUS" e se lhe formos obediente, é claro! Portanto, se
você tem consciência e mesmo assim resolve ser desobediente, não há; isto de
acordo com as "Escrituras Sagradas", como "DEUS" nos Salvar,
pois foi de livre consciência que você resolveu ser desobediente, portanto,
resolveu menosprezar a proteção e a Salvação que “DEUS” te proporcionou...
Lembrando ainda, que rebelião, de acordo com
as "Escrituras Sagradas" é como pecado de idolatria e adivinhação,
portanto, devemos nos lembrar de quais as implicações disto para nossa vida espiritual,
conf. 1 Sam. 15:23 e Jud. 1:11...
1 Samuel 15:23 - "Porque a rebelião é como o pecado de adivinhação, e a obstinação é como
a iniquidade de idolatria. Porquanto rejeitaste a palavra do Senhor, ele também
te rejeitou, a ti, para que não sejas rei."...
Judas 1:11 - "Ai deles! porque foram pelo caminho de Caim, e por amor do lucro se
atiraram ao erro de Balaão, e pereceram na rebelião de Coré."...
Êxodo 34:7 - "que usa de beneficência com milhares; que perdoa a iniquidade, a
transgressão e o pecado; que de maneira alguma terá por inocente o culpado; que
visita a iniquidade dos pais sobre os filhos e sobre os filhos dos filhos até a
terceira e quarta geração.",
Números 14:18 - "O Senhor é tardio em irar-se, e grande em misericórdia; perdoa a
iniquidade e a transgressão; ao culpado não tem por inocente, mas visita a
iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e a quarta geração.",
Naum 1:3 - "O Senhor é tardio em irar-se, e de grande poder, e ao culpado de
maneira alguma terá por inocente; o Senhor tem o seu caminho no turbilhão e na
tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés."...
Amados, "DEUS"
nos faz um convite para irmos a ele como estivermos; isto é verdade e não
importa em que situação estejamos, mas ele nos faz um alerta, o de que, “devemos mudar”, pois só com uma mudança
passaremos a fazer parte de seu reino, só dessa forma obteremos a Salvação, não
temos como ser Salvos, se o que prevalece em nossas vidas é nossas carnes. Se
não fosse necessária uma mudança em nossas vidas, as "Escrituras
Sagradas" não faria sentido à sua existência, pois é ela quem nos alerta
para tal mudança, desde Gênesis até o Apocalipse...!
1 Coríntios 15:50
- "Mas digo isto, irmãos, que carne
e sangue não podem herdar o reino de Deus; nem a corrupção herda a incorrupção".
O Senhor nos quer
limpo, puros, santos, imaculados e ele nos faz um chamado a perfeição, muito
embora só através dele conseguiremos, mas pela misericórdia e claro que ele não
leva em conta o tempo da ignorância... Ou seja, ele não tem por culpado o
inocente e vice-versa, conf. Êxod.
34:7; Núm. 14:18 e Naum 1:3, como temos visto anteriormente e ainda, conf. Gên. 6:9, 17:1; Deut. 18:13; 2
Sam. 22:33 e Sal. 18:23...
Gênesis 17:1 -
"Quando Abrão tinha noventa e nove
anos, apareceu-lhe o Senhor e lhe disse: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda em
minha presença, e sê perfeito;",
Deuteronômio
18:13 - "Perfeito serás para com o
Senhor teu Deus.".
Pois é, amados!
As pessoas pegam algo da internet, junta com uma boa lábia, às vezes, nem tão
boa assim, como já retratei em outra ocasião e misturam com a palavra de
"DEUS", não sabem nem ao menos, o que realmente significam aquelas
palavras, as quais "DEUS" nos advertiu através de seus Profetas;
palavras bonitas, algumas, só algumas vezes, bem colocadas, mas quem não
conhecem a palavra de "DEUS" se ilude e com isto, sucumbem ao
pecado...
Aliás, estas
pessoas não sabem que cada letra do alfabeto Hebreu, representa muito mais que
uma simples simbologia, que seus símbolos carregam consigo, algo que vai além
das palavras, ou seja, a simbologia e sua representatividade vão muito além de
seus símbolos! Como o próprio nome deixa claro, o símbolo, carrega não apenas
um conceito, mas uma cultura, um entendimento milenar e muitos significados.
É bom lembrarmos
ainda, que o Hebraico antigo, o Hebraico Bíblico, difere circunstancialmente do
Hebraico moderno, falado em Israel, considerando, é claro, sua escrita. As duas
línguas têm diferenças substanciais, e temos ainda, que o vocabulário no
decorrer do tempo, se modernizou e, portanto, com algumas características
próprias da modernidade! Mas nada que implique em mudanças em seu significado
de espécie alguma!
Acima temos três formas oficiais do alfabeto Hebraico. A primeira é a forma usual
impressa, a que se utiliza atualmente em livros, revistas, etc. A segunda, a do
meio é a forma simplificada. A terceira e última é a forma cursiva, ou seja,
com traçado de forma corrente e com letra manuscrita que não se utiliza quaisquer
esforços ortográficos no sentido de torná-la mais ou menos elegante, geralmente
se escreve de forma rápida, com facilidade, ela é utilizada para o aprendizado
de Hebraico nas escolas judaicas por ser mais simples e prática.
Vejam ainda:
Vejam ainda:
www.ebc.com.br/infantil/voce-sabia/2015/08/como-se-deu-o-desenvolvimento-da-escrita
É bom lembrarmos
ainda, que a forma rébus de escrita foi uma revolução para sua época, o sistema
rébus, foi uma espécie de enigma figurado e que consiste em expressar palavras e
ou frases por meio de figuras e sinais, cujos nomes produzem quase os mesmos sons
que as palavras ou frases...
Uma
característica interessante da língua Hebraica, é que ela não possui vogais,
apenas símbolos que representam as consoantes, como em nossa língua portuguesa.
Em seu original o alfabeto Hebraico é formado de vinte e duas consoantes, na
verdade, símbolos sem vogais. Portanto, as vogais e os sinais vocálicos, que
permitem que se leia as palavras como em nossa língua, não fazem parte do
alfabeto Hebraico, nestes eles foram criados antes da Idade Média e perdurou
até este período, ou seja, os sinais “massoréticos”
que consistem em um sistema de sinalização que indica os sons das vogais,
chamado de “sistema de sinais massoréticos”... Até o período talmúdico se
transmitia o sagrado oralmente, e neste período foi criado os sinais vocálicos
“massoréticos” antes da Idade
Média na Europa, Justamente por isto, que se aprendia o Hebraico pela transmissão
oral e a via escrita só se consagrou bem depois da Idade Média, juntamente com a
ajuda dos sinais massoréticos.
Estes sinais ou
símbolos vocálicos ou simplesmente e equivocadamente chamados de vogais foram
criados pelos massoretas da escola de Tibérias e perduraram até a Idade Média,
na verdade até hoje os mesmo são utilizados. Por isto mesmo que esses símbolos
e ou sinais são chamados “sinais
massoréticos” ou “pontos
massoréticos”, que se constituíram em pontos específicos e exclusivos.
A palavra “massoreta” vem de “massorah”, que se pronúncia: “massorá”.
O termo "massorá" provém na língua hebraica de messorah (מסורה,
alt. מסורת)
e indica "tradição". Portanto, o massoreta era alguém que tinha por
missão, guardar e preservar a tradição; mas, o porquê isto é importante pra o
nosso tema!? Veremos! Os massoretas ou melquitas viveram entre os séculos V e X
d.C., especificamente, eles eram considerados doutores Judeus...
De acordo com
Juan Eduardo Cirlot, a simbologia teve tanta importância; e vemos isto no
decorrer da história, que ela foi a grande ciência desde o Egito antigo e no
Oriente ela se perpetuou e se consagrou. Da mesma forma, no Ocidente, ela inspirou
a arte medieval, os maneirista excêntricos habilidosos e a arte barroca. Sabe-se
que nos séculos XVI e XVIII, deu origem ao vasto fluxo de livros com seus
instintos poéticos, muitas vezes escritos em forma de dicionários. Juan Cirlot
neste sentido é o primeiro que os coloca em ordem alfabética de forma a nos
presentear com sua obra prima de valor inestimável, que retoma uma tradição
perdida no tempo e ou, simplesmente negligenciada. O conceito e a qualidade da
representatividade simbólica, tem em sua essência, a significação presente,
desde os tempos mais remotos. Tanto as formas geométricas, as cores, os números,
assim como as áreas do espaço, acompanham as civilizações desde sua origem,
eles têm importante valor simbólico. Juan Cirlot neste sentido e contexto, cria
com sua interação com o místico, uma sintaxe simbólica, como ele mesmo explica na
introdução de seu “Diccionario de
Símbolos”.
Sobre o alfabeto Hebraico,
David Diringer, linguista, paleógrafo e escritor britânico levanta a
possibilidade de que o alfabeto tenha sido uma invenção própria dos hebreus... Para
Diringer (1964, p. 11), a história do alfabeto hebraico, começar com a origem
do alfabeto. Ainda segundo Diringer (1964, p. 17-19), a escrita é o “[...] mais importante sistema de
comunicação humana por meio de símbolos convencionais”, tendo neste sentido
se desenvolvido de forma lenta e natural, gradualmente e que se tornou uma das
maiores invenções da humanidade. Sem a escrita o conhecimento torna-se praticamente
impossível. Ainda de acordo com Diringer, a tradição que permeou por meio da
cultura oral e a mitologia estão preservadas nas mentes humanas e é rico em conhecimento,
mas não são suficientes para registrar uma história genuína, real e fidedigna.
Tendo o alfabeto
sido uma invenção própria dos hebreus, de acordo com David Diringer, ele
levanta a possibilidade de que os símbolos do alfabeto semítico do norte, de serem
artificiais e não representativos; isto devido ter o alfabeto hebreu, características
específicas próprias dele... Muito embora alguns estudiosos, pensam diferente!
Diringer passa a acreditar que o alfabeto teve
a sua origem entre 1800 e 1700 A.E.C., Diringer (1964, p. 35-36 e 42), exatamente
na região que compreende hoje Israel e a Síria, por ser uma região de grandes
influências de vários povos. Desta forma, tendo a Mesopotâmia ao nordeste, o
Egito a sudoeste, os hititas ao norte e os minoanos (minoicos) a oeste.
Diringer ao levantar a possibilidade de que o alfabeto tenha sido uma invenção
dos hebreus, mas que, equivalentemente, os símbolos do alfabeto semítico do
norte são artificiais e não representativos; como quase todos os escritos
originais não alfabéticos, o que estaria de acordo com o segundo mandamento do
Decálogo: “não farás para ti imagem de
escultura, nem semelhança alguma [...]”. E, apesar de que, alguns creem em
que, não há prova de que os símbolos foram originalmente pictográficos (sistema primitivo de escrita em que se exprimiam
as ideias por meio de cenas figuradas ou simbólicas), e de que, a letra “alef” era a “cabeça de um boi
vista de lado”, o “bet”, uma
“casa”, o “guimel”, um
“camelo”, e assim por diante. Mas como já ressaltei, a maioria dos estudiosos
pensam diferente, pois creem que eles são sim representativos e desta forma,
assim se apresentam!
Os semitas fazem
parte dos povos da África até o Sudoeste da Ásia que Inclui várias línguas e
povos, como o hebraico, o aramaico, o assírio, o árabe, o maltês, o amárico, o
tigrínia, e algumas línguas antigas e já extintas, como o acádio, o amorita, o
fenício e o moabita.
De acordo com o
Talmud os exemplos utilizados segue esta mesma forma de representação, para a
memorização das letras ver, (Shabat 104a), sem a utilização de imagens ou
esculturas; como o sistema adotado no Brasil nas primeiras séries ou, nos
primeiros anos; contribuição de Piaget que constou, no que depois ficaria
conhecido como o “Método Construtivista” que surgiu com o estudo da
epistemologia genética, com a ideia de que o aprendizado é construído pelo
aluno e é sua teoria que inaugura a corrente construtivista.
Desta forma, as
crianças aprendiam o alfabeto de duas em duas letras, da seguinte forma: “alef” e “bet”, as duas primeiras letras, significando respectivamente,
“estudar, aprender e compreensão”, conforme Berezin (2003, p. 20) a segunda
letra, bet, é a primeira letra da palavra biná, “compreensão” (BEREZIN, p. 48);
“guimel” e “dalet”, a terceira e a quarta
letras, significando “ajudar aos pobres” BEREZIN (2003, p. 77 e 94), e assim
por diante.
Alguns estudiosos,
a exemplo de Tur-Sinai, os nomes das letras eram originariamente os nomes de
objetos retratados pelos símbolos. Os sons com os quais os nomes de objetos
começavam recebiam as representações pictoriais TUR-SINAI (1950b, p. 168-169)...
Naftali Herz Tur-Sinai,
foi um estudioso da Bíblia, escritor e linguista. Ele teve uma importância
essencial, fundamental para o renascimento do idioma hebraico como língua
moderna e, falado. Tur-Sinai foi o primeiro presidente da Academia da Língua Hebraica
e fundador de seu dicionário, projeto histórico.
Bom! Desta forma,
como percebemos, a escrita passou por diferentes processos, no decorrer do
tempo; concorda com isto também estudiosos como, Chomsky (1958, p. 75-80) e
Hooker (1996, p. 9), que de acordo com este último, as pictografias não têm
referência linguística, apenas retratam um acontecimento ou transmitem uma
mensagem por meio de uma série de desenhos, mas, podem ter sido o berço, a base
para a verdadeira escrita mediante um processo de seleção e organização, e
ainda segundo Healey (1996, p. 250), os sistemas de escrita do Antigo Oriente
Próximo, a partir de 1700 A.E.C., incluíam um grande número de sinais
silábicos.
Bom! Mais uma
vez, o que tudo isto tem a ver com nosso tema!? Amados, para que entendamos
exatamente o que algo representa em nossas vidas, faz-se necessário que
investiguemos sua história!
Veremos mais
sobre isto na continuação deste estudo.
Um abraço amados e até a parte I deste estudo!
Referências
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nature, de la perfectibilité humaine et y présente la propriété privée comme
source de toutes les inégalités. Correspondance Littéraire, 15 juillet 1755.
Discours sur
l'origine et les fondements de l'inégalité parmi les hommes (1754).
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