Família e Relacionamentos

domingo, 7 de março de 2021

 

Tatuagens e Piercings Parte VI
A Realidade Nua e Crua

Este artigo é continuação do artigo logo abaixo:

Tatuagens e Piercings Parte V
O simbolismo ritualístico (cont.)
https://familiaerelacionamentos.blogspot.com/2021/01/tatuagense-piercings-parte-v.html

 

No finalzinho do estudo anterior, falamos sobre a Maria José Cristerna Méndez; a mexicana que ficou conhecida como a Mulher Vampiro. Vimos que, o que levou a mesma a tomar as atitudes que fez dela quem ela é hoje, foi justamente as más experiências que a mesma teve em seu casamento; claro que provavelmente esta experiência não tenha sido a única ou o único motivo, mas com certeza a mais importante; a principal, como consta em sua própria e trágica história de vida e, que a levou a tais decisões, e que culminou em sua trajetória! 

Neste contexto, a formação em Direito, e da mesma forma o ato de se tatuar, surgiu em um contexto desnorteador de sua vida e que sem ver muita saída, ou uma saída mais plausível; muito embora a mesma tenha visto a saída que tomou como uma válvula de escape, a fez de certa forma ditar suas próprias regras, como se realmente fosse dona de seu próprio nariz e sem ter que dar satisfação a ninguém. Normalmente esta é a desculpa utilizada por quem de alguma forma se sentiu pressionada ou que viveu em um relacionamento abusivo... Esta, infelizmente é a atitude da maioria das pessoas, a de fazer de sua vida àquilo que quer, justamente como resposta ao relacionamento, em que; metaforicamente falando, “até a atitude de respirar era monitorada”, como se alguém fosse dono da mesma e a autoridade exercida por este dono, “seu senhor”, fosse de tal forma que quaisquer pensamento teria que ser relatado. Infelizmente na maioria das vezes isto não é um exagero, mas uma trágica realidade. E neste contexto, infelizmente sem a ajuda espiritual, pois alguns e principalmente na área da psicologia; “mas apenas alguns”, não se dão conta das implicações espirituais que isto acarreta e as atitudes irresponsáveis são de certa forma apoiadas como forma de libertação, e a sensação de liberdade, verdadeiramente lhe parece real.

Ainda neste contexto, sua percepção equivocada lhe coloca em uma condição de que não lhe resta dúvidas, de que é isso mesmo que ela quer; viver muitas vezes desregradamente e sem responsabilidade alguma sobre seus atos e mais, sem dar justificativas, sem dar satisfação a ninguém, como se isto fosse mesmo possível, principalmente em um contexto onde até mesmo em sua área profissional de atuação, me referindo especificamente a Cristerna Méndez, mas também a quaisquer pessoas e ou profissões exercidas por elas, elas têm que dar satisfações a seus clientes; mesmo que esta seja em relação a algo que em nada tenha a ver com sua vida pessoal em si. Mas imagine que o ato de tatuar, por transgredir, ferir a pele, em determinada situação ou momento esteja doendo mais que o normal e ela dá a justificativa de que o local é literalmente mais sensível; “é por aí”, ou seja, é mais ou menos neste sentido...

 

É justamente neste contexto, que percebemos os extremos em suas atitudes. Se por um lado ela formou-se em Direito, por outro, ela decidiu que marcar seu corpo seria como se estivesse dizendo ao mundo que a partir daquele momento, ela estava livre do relacionamento abusivo: “liberta”, “livre” e “feliz”; será mesmo!? Desta forma, ela estaria declarando ao mundo sua independência e que, a partir daquele momento, ninguém mais mandava em sua vida, ela era dona de seu próprio nariz, era a partir daquele momento, independente.

 

Bom, infelizmente é um ledo engano, uma ilusão é de tal forma, que prende a muitos em relação as questões espirituais, e ao tentar a todo custo mostrar que, a partir daquele momento, ela se libertou de seu ex; aliás, este na prática infelizmente é o único propósito, mesmo que implícito e que muitos não percebem; demonstrar a liberdade em relação ao ex e ao relacionamento abusivo e nunca o pensamento de que, realmente ao se libertar de um relacionamento abusivo significa um novo rumo, uma vida nova; mas sim, tem como propósito apenas demonstrar e não viver, ter uma qualidade de vida melhor e mais saudável, psicológica e espiritualmente falando. Infelizmente ela não se dar conta, que a liberdade traz consigo responsabilidades e que ao negar esta responsabilidade está presa a mais nova e pior prisão, “a prisão espiritual”, além da psicológica, é claro!

De fato ela se libertou dele, seu ex, mas se colocou na mão de alguém muito pior; “àquele que tanto pode matar o corpo, como a alma”, conf. Luc. 12:5; Is. 8:12-13, 51:12-13; 1 Ped. 3:14... Esta minha conclusão de fato, realmente parece um má julgamento, na verdade um pré-julgamento de minha parte em relação a vida da Cristerna, mas acontece que nossas atitudes mostram muito de nós, a própria vida dela nos mostra isto e como já vimos nos estudos anteriores e, o mais importante, de acordo com a própria psicologia! 

E claro que existem outras vidas neste mesmo sentido e contexto, além de contexto outros, que nos mostra exatamente isto, esta característica como algo comum na vida de quem passou por um relacionamento abusivo, quaisquer que sejam estes.

 

Aqui é bom esclarecermos que não estou dizendo que ela deveria permanecer em um casamento abusivo, longe disto, e também não a estou julgando, mas ressaltando que como somos frágeis e inconstantes, psicológica e espiritualmente falando, não buscamos à “DEUS” e tentamos resolver nossos problemas com nossas próprias convicções; e que na maioria das vezes estas convicções são errôneas devido principalmente, e neste caso específico, as pressões psicológicas e suas consequências...

Este foi exatamente o caso dela e que a fez se tatuar e se transformar na pessoa a qual vocês viram; ela passou da imagem e semelhança de “DEUS”; fisicamente falando, a ter àquela imagem que não tem mais nada a ver com “DEUS”! O que se ver agora com certeza não é mais a imagem e semelhança de “DEUS”, pois sendo “DEUS” perfeito e tendo feito o homem a sua imagem e semelhança, portanto fisicamente perfeito, nos proporciona exatamente, tanto espiritual, quanto fisicamente a sermos um ser perfeito, mesmo que, por causa do pecado, temos vivido em degradação, tanto física, quanto espiritual e temos visto tais abominações...


Infelizmente esta é uma afirmativa dura, mas verdadeira. E aqui é bom ressaltarmos mais uma vez, que não trata-se diretamente de salvação, embora que, indiretamente pela constância de nossos pecados, isto poderá nos leva a perdê-la, ou seja, neste sentido, tem sim a ver com a salvação, mas não diretamente, mas como consequências da constância na prática do pecado. E mais, se considerarmos, e devemos considerar, as questões, os motivos que a levaram a tomar as atitudes que tomou, temos sim que pensar em salvação, mesmo que indiretamente, ou seja, os mesmos motivos que a levaram a tomar as atitudes que vez do corpo físico dela o que vimos, pode levar a mesma a fazer coisas muito mais depreciativas, tanto física, quanto espiritual. 

Bom, podem ter certeza, e mais uma vez, entendam, não estou dizendo que ela perdeu a salvação, pois enquanto há vida, há esperança. Mas que, quando chegamos à prática, ou seja, a praticar e termos determinadas atitudes que diante de nossos problemas e da realidade, da razão e principalmente da ética e da moral, são questionáveis, nos deixa claro que o que está arraigado em nossas vidas não é mais saudável, nem física e muito menos espiritualmente, portanto, é sinal de que nossa vida espiritual vai de mal à pior...!


Mateus 10:28 - "E não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo".

 

Para um melhor entendimento a este respeito, ou seja, para que tenhamos conhecimento da diferença entre o pecado, a iniquidade e a impiedade e o que isto causa em nossa vida, ver o artigo no link logo abaixo:

 

Apartai-vos de Mim, Vós Que Praticais a Iniquidade... Mateus 7.23 - Part - 2-3
Por: Rogério Silva
domingo, 10 de janeiro de 2021
https://discernimento-espiritual.blogspot.com/2021/01/apartai-vos-de-mim-vos-que-praticais.html

 

Percebam que os motivos que levaram a Cristerna Méndez a tomar as decisões que tomou, foi sua vida de dor e sofrimento, dentro de um relacionamento abusivo; e isto não é muito diferente entre muitos que passam pelo que ela passou, são nossas experiências de vida, tanto profissional quanto pessoal, que vai nos moldando aos poucos e o efeito, ou seja, a dimensão desta influência, vai depender e muito de o quanto temos consciência disto, de o quanto nossa vida foi influenciada por questões boas e más, e mais, nossa reação em relação a elas e que depende muito de o quanto que a “Luz Divina” ainda está impregnada em nossa vida, pois quanto mais temos “Luz Divina” em nossas vidas, mas “Discernimento Espiritual”, mas a recíproca também é verdadeira, ou seja, quanto menos a “Luz Divina” está impregnada em nossas vidas, menos “Discernimento Espiritual”...!

A violência doméstica, a pressão psicológica por traz desta, tem levado muitos (as) ao desespero, levando a quem sofre estes abusos a fazer de tudo para se libertarem, o que é natural e compreensível; e muitas vezes, por causa da pressão, da angustia e da aflição acometidas por causa dos abusos, as levam a cometerem crimes contra seus parceiros (as), pois estando os mesmo já psicologicamente perturbados, tendem a não raciocinarem de forma saudável... 

Da mesma forma que algumas pessoas se utilizam de tatuagens e piercings para se auto afirmarem, eles se utilizam de vários vícios, a exemplo do fumo, drogas e incensos, dentre muitos outros subterfúgios, para, ou, de forma a dedicarem parte de seu tempo e ou de sua vida, a preencherem um vazio interior, que na maioria das vezes, este vazio é espiritual e que nada no mundo físico irá preencher e isto mostra que eles procuram de alguma forma preencher este espaço vazio e para isto, encontram argumentos quaisquer para justificar suas atitudes, vícios e bizarrices, desde que, de acordo com eles, os argumentos justifiquem tais atitudes. Mas infelizmente, nesta busca constante de justificativas, deixam de considerarem os princípios básicos destes argumentos... E neste sentido “tudo torna-se válido para se conseguir o que se quer” e é exatamente aqui onde os males se encontram e se rebelam...

 

As imagens, os símbolos e os mitos não são criações irresponsáveis da psique; elas respondem a uma necessidade e preenchem uma função: revelar as mais secretas modalidades do ser”.
(Eliade, Mircea. (1907-1986). Imagens e símbolos. Ensaio sobre o simbolismo mágico-religioso. Martins Fontes, 1991. Págs. 8-9)

 

Vejam sobre nossas emoções o que nos dizem Richard J. Davidson e Sharon Begley: 

Davidson e Begley nos explicam que as emoções, têm suas implicações e que não são nada fúteis, muito pelo contrário de acordo com eles, os processos neurológicos, são fundamentais para as funções cerebrais e para a vida da mente.

"O estado emocional é a menor e a mais efêmera das unidades das emoções. Ele costuma durar poucos segundos e tende a ser desencadeado por uma experiência - por exemplo, o surto de alegria ao vermos a colagem feita por nosso filho no Dia das Mães, a sensação de realização ao terminarmos um grande projeto no trabalho, a raiva que sentimos quando precisamos trabalhar durante um feriado, a tristeza de vermos que nossa filha foi a única da turma que não foi convidada para uma festa. Os estados emocionais também podem surgir unicamente da atividade mental, como quando sonhamos acordados, ficamos introspectivos ou antevemos o futuro. Independentemente de terem sido desencadeados por experiências mentais ou do mundo real, os estados emocionais tendem a se dissipar, deixando espaço para novos estados".
(Davidson, Richard J. O estilo emocional do cérebro. Trad. Diego Alfaro;RJ., Sextante, 2013, Pág. 8)

Ainda sobre as emoções é bom ressaltarmos que quando estas emoções não passam facilmente, como Davidson e Begley ressaltou acertada e sabiamente e algumas vezes até persistem em nossas vidas, as consequências são sempre drásticas e causam distúrbios emocionais seríssimos; sejam estas emoções quais forem e ainda com um agravante, as consequências físicas...!


Existem ainda àqueles casos, atípicos e outros nem tanto, como é o caso da irmã Imelda Lambertini que morreu de felicidade ao ser contemplada por “DEUS”:

Beata Imelda Lambertini (1322-1333)
Dia da festa - 12 de maio
Patrono de uma fervorosa primeira comunhão
https://www.roman-catholic-saints.com/blessed-imelda-lambertini.html

A incrível história da menina que morreu de amor por Jesus, literalmente
Por: Editor ChurchPOP - mar 29, 2017
https://pt.churchpop.com/incrivel-historia-da-menina-que-morreu-de-amor-por-jesus-literalmente/

No caso da Ir. Imelda, a felicidade supostamente causou sua morte, foi o estado de êxtase, mesmo que espiritual que fez que seu corpo frágil; como é de fato o corpo humano por causa do pecado inicial; “o pecado original”, pois as questões espirituais em todos os sentidos afetam nosso lado físico frágil, literalmente, e neste contexto, muitas vezes nosso corpo físico não suporta as influências espirituais, a exemplo de Moisés, quando subiu o “Monte Sinai”, para receber diretamente das mãos de “DEUS” os “Dez Mandamentos”, e que, ocorreu em determinada situação, que o rosto de Moisés brilhava de tanta “Unção Divina” e em outra situação, mas mesmo contexto, o povo não conseguiram ouvir a voz de “DEUS”, pois enquanto a voz de “DEUS” parecia suave aos ouvidos de Moisés, mas para o povo em pecado, era como se fosse: “trovões”, “relâmpagos” e “um sonido de buzina mui forte”, a qual o povo não conseguia ver e ou ouvir, e tudo envolta a uma nuvem espessa sobre o monte, conf. Êxod. 19:9-11; Êxod. 19:16-25; Êxod. 20:18-21; Êxod. 34:29-35 e 2 Cor. 12:7-10...


Bom, em se tratando de tatuagens e piercings, existem muitas provas arqueológicas que confirmam que tatuagens foram feitas no Egito entre 4000 e 2000 a.C., além de outras épocas e lugares, a própria Ötzi, citada anteriormente; a Múmia do Similaun, data de 5,3 mil anos, mas estas não são as únicas provas arqueológicas e ou fontes de informações, existem outras, na verdade inúmeras, inclusive, envolvendo o místico.


Êxodo 21:5-6 - "Mas se esse servo expressamente disser: Eu amo a meu senhor, a minha mulher e a meus filhos, não quero sair forro; - 6 então seu senhor o levará perante os juízes, e o fará chegar à porta, ou ao umbral da porta, e o seu senhor lhe furará a orelha com uma sovela; e ele o servirá para sempre.",

Deuteronômio 15:13, 16-18 - "E, quando o libertares, não o deixarás ir de mãos vazias; - 16 Mas se ele te disser: Não sairei de junto de ti; porquanto te ama a ti e a tua casa, por estar bem contigo; - 17 então tomarás uma sovela, e lhe furarás a orelha contra a porta, e ele será teu servo para sempre; e também assim farás à tua serva. - 18 Não seja duro aos teus olhos de teres de libertá-lo, pois seis anos te prestou serviço equivalente ao dobro do salário dum mercenário; e o Senhor teu Deus te abençoará em tudo o que fizeres.",

 

Ezequiel 13:17-21 - "E tu, ó filho do homem, dirige o teu rosto contra as filhas do teu povo, que profetizam de seu próprio coração; e profetiza contra elas. - 18 e dize: Assim diz o Senhor Deus: Ai das que cosem pulseiras mágicas para todos os braços, e que fazem véus para as cabeças de pessoas de toda estatura para caçarem as almas! Porventura caçareis as almas do meu povo? e conservareis em vida almas para vosso proveito? - 19 Vós me profanastes entre o meu povo por punhados de cevada, e por pedaços de pão, matando aqueles que não haviam de morrer, e guardando vivos aqueles que não haviam de viver, mentindo ao meu povo que escuta a mentira. - 20 Portanto assim diz o Senhor Deus: Eis aqui eu sou contra as vossas pulseiras mágicas com que vós ali caçais as almas como aves, e as arrancarei de vossos braços; e soltarei as almas, sim as almas que vós caçais como aves. - 21 Também rasgarei os vossos véus, e livrarei o meu povo das vossas mãos, e eles não estarão mais em vossas mãos para serem caçados; e sabereis que eu sou e Senhor."...


Aqui é bom ressaltarmos alguns comentários Bíblicos a respeito de Êxodo 21:6 e algumas outras passagens Bíblicas de forma que entendamos com era empregado a justiça Divina, isto por causa, não apenas da cultura hebraica, mas principalmente das “Leis Divinas” e suas implicações.

É justamente aqui, nestes comentários, que perceberemos as questões envolvendo os escravos e como, ou de que forma eles eram marcados, submetidos:

 

Prof. Francis Davidson

O novo comentário da Bíblia

The New Bible Commentary

Comentário Bíblico do Velho e Novo Testamento, 1963

 

e) Vários julgamentos (Êx 21:1-22:20)

Os estatutos (1). Ver #Dt 4.1 nota. Os que se seguem incluem antigas leis sobre costumes, agora divinamente sancionados para uso pelos juízes recentemente nomeados (#Êx 18.20). Servo (2). No mundo antigo, a escravidão era universalmente a base do sistema trabalhista. A lei mosaica permitia que os israelitas também tivessem seus escravos; mas essa lei era sem paralelo porque não permitia que o servo fosse considerado um mero bem móvel, mas eram-lhe preservados seus direitos de personalidade individual, e recuperava a liberdade após seis anos de trabalho (2), ou por ocasião do ano de jubileu, caso este ocorresse antes do término dos seis anos (#Lv 25.10). Caso o servo desse início a esse período como homem casado, sua esposa e seus filhos seriam libertados juntamente com ele (3), mas se ele se casasse com uma das servas da casa de seu senhor, sua esposa e filhos permaneceriam como propriedade do senhor, presumivelmente até o término de seu período de seis anos de serviço. O escravo também tinha o direito de escolher se permaneceria definitivamente no serviço de seu senhor, em qual caso sua declaração devia ser testemunhada pelos oficiais da justiça e selada pela marca de uma sovela feita em sua orelha (6). A orelha era o símbolo da obediência voluntária, e a porta de encontro à qual era feita a operação representava a família à qual ele se ligava.

>Êx-21.7

Serva (7). Os direitos de uma jovem, vendida por seu pai como escrava, não eram como... os servos, mas ainda eram mais estritamente observados. Caso não se casasse, sairia livre após seis anos, mas, se fosse vendida a fim de tornar-se esposa de seu senhor ou do filho de seu senhor, seus direitos eram iguais aos de uma esposa livre, e tinham de ser estritamente salvaguardados. Usando deslealmente (8), isto é, se não fosse cumprida sua intenção original. Estas três cousas (11). Isso talvez se refira aos três deveres detalhados no versículo 10, ou aos três cursos nomeados acima, isto é, casar-se com ela, casá-la com seu filho, ou transferi-la para outro hebreu”...

 

Ainda neste sentido, vejamos os comentários de Dwight Lyman Moody:

 

Comentário Bíblico de D. L. Moody 

b) Relacionamentos Civis e Sociais. 21:1 – 23:13.

Êxodo 21

21:1-11. O Escravo Israelita. Esta lei trata apenas dos escravos hebreus; escravos estrangeiros são considerados em Lv. 25:44-46. Hebreus podiam vir a se tornarem escravos por sua própria vontade, por causa de pobreza, ou qualquer outra desgraça particular. Os regulamentos garantiam-lhes que fossem tratados como irmãos sob tais circunstâncias. Alguém já sugeriu que estas não eram propriamente leis a serem impostas, mas antes direitos humanos a serem observados (KD, por exemplo).

2. Sétimo (ano). O ano sabático, o fim do trabalho (cons. 21:2; 23:10, 11).

3,4. O escravo deve sair na mesma condição pessoal em que entrou.

6. Aos juízes. Embora a palavra seja Elohim, geralmente usada para com Deus, a transação em questão, sem dúvida, realizava-se diante de juízes que agiam como representantes da justiça divina (cons. Sl. 82:6; Jo. 10:35). À porta. Ficava assim preso à casa para sempre, simbolicamente, pelo ouvido (orelha) que é o órgão da audição e obediência.

7-11. Para a escrava a ordem é diferente, a qual, como concubina ou mesmo esposa, podia se tornar parte da casa do seu senhor. Ela era protegida por três regulamentos: não podia ser vendida a um gentio, num tipo de escravidão completamente diferente (v. 8); se fosse tomada por esposa de um filho, devia ser tratada como filha (vs. 9,10); se não recebesse o alimento, as roupas e os direitos de uma esposa, devia ser libertada (v. 11). O pai, que por causa das circunstâncias fora assim forçado a dispor de sua filha, não a vendia para uma escravidão cruel, mas a enviava para uma casa onde sena tratada tão bem quanto na sua própria.

12-17. Crimes Capitais. A santidade da vida destaca-se por estas leis contra o homicídio, rapto e dolência. Deus refreia a violência dos homens pecadores por esta sanção de justiça estrita. Deus lhe permitiu (v. 13). Nós diríamos "acidentalmente", mas para o hebreu não havia "acidentes" em um mundo onde Deus reinava supremo.

18-32. Injúrias Físicas, quer Infligidas por Homem ou Animal. Aqui novamente se destaca o valor do indivíduo diante de Deus. Estas também se encaixam mais na qualidade de advertências e não de ordens: ferimento resultante de uma briga (vs. 18,19); ferimento produzido em escravo (vs. 20, 21); ferimento em mulher grávida (vs. 22.25).

22. Sem maior dano, isto é, além da perda da criança, nenhuma injúria permanente resultou. Os versículos 23-25 apresentam a lex talionis (lei da retaliação) tão frequentemente citada como típica das severas leis do V.T. Deve-se notar em primeiro lugar que esta ordenança se restringe a questões de prejuízos físicos apenas. Segundo, seu propósito não era reforçar a regra, mas refrear a vingança apaixonada, a qual, devido a um leve ferimento, muitas vezes revidava com a morte e a destruição. Os escravos deviam ser libertos em retribuição de uma injúria permanente (vs. 26, 27). Quando os homens sofressem injúrias físicas provocadas por animais, os proprietários eram os responsáveis (vs. 28-32).

21:33 – 22:17. Leis Referentes à Propriedade.

33-36. Ferimentos Produzidos por Animais. Nestes casos a responsabilidade era estabelecida por negligência ou falta de precaução. Deixar aberta uma cova (v. 33). Isto se refere a cisternas para armazenamento de água ou cereais. "Estou espantado com a imprudência com a qual poços e covas ficam descobertos e desprotegidos por todo este país" (Thomson, The Land and the Book, II, 283; cons. 1, 89, 90; II, 194; III, 458)”. 

 

Êxodo 33:4-5 - "E quando o povo ouviu esta má notícia, pôs-se a prantear, e nenhum deles vestiu os seus atavios. - 5 Pois o Senhor tinha dito a Moisés: Dize aos filhos de Israel: És um povo de dura cerviz; se por um só momento eu subir no meio de ti, te consumirei; portanto agora despe os teus atavios, para que eu saiba o que te hei de fazer".

 

Só mais um adendo a respeito de joias! 

Os atavios mencionado no verso acima, eram as joias, os pendentes, meias-luas (símbolo que serve de divisa à religião islâmica), dentre outras coisas usadas para enfeites...

Ezequiel 7:20 - "Converteram em soberba a formosura dos seus adornos, e deles fizeram as imagens das suas abominações, e as suas coisas detestáveis; por isso eu a fiz para eles como uma coisa imunda".


Percebam mais uma vez aqui em Ezequiel 7:20, em o que era e o que eles transformaram a coisa toda; em relação as questões dos adornos e joias:

 

Ezequiel 7:20 - "Converteram em soberba a formosura dos seus adornos, ... ";

Ezequiel 7:20 - "...e deles fizeram as imagens das suas abominações, ... ";

Ezequiel 7:20 - "...e as suas coisas detestáveis; ... ";

Ezequiel 7:20 - "...por isso eu a fiz para eles como uma coisa imunda".

 

Aqui mais uma vez é bom salientarmos que as questões dos adornos e joias, da mesma forma que o ouro representava a “Realeza Divina” e a “Pureza”, os adornos tinha suas representações Bíblicas...

 

Oséias 2:13 - "Castigá-la-ei pelos dias dos baalins, nos quais elas lhes queimava incenso, e se adornava com as suas arrecadas e as suas joias, e, indo atrás dos seus amantes, se esquecia de mim, diz o Senhor".

 

Isaías 3:16-26 - "Diz ainda mais o Senhor: Porquanto as filhas de Sião são altivas, e andam de pescoço emproado, lançando olhares impudentes; e, ao andarem, vão de passos curtos, fazendo tinir os ornamentos dos seus pés; - 17 o Senhor fará tinhosa a cabeça das filhas de Sião, e o Senhor porá a descoberto a sua nudez. - 18 Naquele dia tirará o Senhor o ornamento dos pés, e as coifas, e as luetas; - 19 os pendentes, e os braceletes, e os véus; - 20 os diademas, as cadeias dos artelhos, os cintos, as caixinhas de perfumes e os amuletos; - 21 os anéis, e as joias pendentes do nariz; - 22 os vestidos de festa, e os mantos, e os xales, e os bolsos; - 23 os vestidos diáfanos, e as capinhas de linho, e os turbantes, e os véus. - 24 E será que em lugar de perfume haverá mau cheiro, e por cinto, uma corda; em lugar de encrespadura de cabelos, calvície; e em lugar de veste luxuosa, cinto de cilício; e queimadura em lugar de formosura. - 25 Teus varões cairão à espada, e teus valentes na guerra. - 26 E as portas da cidade gemerão e se carpirão e, desolada, ela se sentará no pó".


1 Coríntios 6:12 - "Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas; mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas - 13 Os alimentos são para o estômago e o estômago para os alimentos; Deus, porém aniquilará, tanto um como os outros. Mas o corpo não é para a prostituição, mas para o Senhor, e o Senhor para o corpo.".


Olhem só o verso 13, tanto de Oséias 2, quanto de 1 Coríntios 6, amados! Para quem conhece a palavra de "DEUS", sabe que a dureza das palavras é evidente, mas é verdadeira. Em 1 Coríntios 6, ele nos fala do alimento, como algo que é essencial ao corpo, mas que mesmo assim, ele destruirá tanto um quanto o outro. Vejam que ele está nos falando de algo que ele mesmo, "DEUS", sabe que é essencial para nós, pois ele mesmo nos criou assim e mesmo assim, ele nos mostra que no final das contas, considerando as coisas Espirituais, o alimento para nada serve, por isto ele nos diz que destruirá tanto um quanto o outro... Imaginem agora amados o que ele nos diria nos falando de Tatuagens e Piercings, dentre outras abominações... Ora, quando “DEUS” que nos criou e sabe da necessidade que temos do alimento, mas que em determinado contexto ele nos diz que destruirá tanto o corpo, quanto o alimento, ele está claramente nos dizendo que haverá um tempo, quando nosso corpo físico não nos valerá de nada, da mesma forma o alimento que o mantém saudável. Agora imaginem quanto mais as questões espirituais neste contexto, se nos falando das questões físicas, já nos deparamos com a justiça Divina de tal forma que ela nos deixa chocado!


Bom, aqui é importante ressaltarmos e como gosto de dizer, que aprender de “DEUS” ninguém quer, mas defender heresias satânicas, muitos se prestam a este papel... Neste sentido satanás tem instruindo a muitos!

Outra coisa que gosto de salientar, sempre que necessário, é que a sabedoria popular nem sempre é tão sábia assim, mas menosprezá-la por completo é tolice!

 

Bom, neste sentido, lembro-me muito bem de uma conversa que tive com uma pessoa em um passado distante. Apesar de não se tratar de tatuagens e piercings, mas os princípios utilizados nas atitudes tem a ver com o assunto em questão, justamente por causa do comportamento do Ser humano frente a determinadas situações...

Estávamos conversando sobre o que leva uma pessoa a matar outra, seja de forma premeditada ou não. Neste sentido, devemos nos questionar, quais as “barreiras” que alguém tem que enfrentar e ou derrubar para que possa cometer um assassinato e ou a matar alguém, não que isto, “matar” seja algo fútil e sem importância, não é, mas que assassinar tem a ver com premeditação, enquanto que matar não, ou seja, matar, pode ser uma ato de legítima defesa, enquanto que, no ato de assassinar, há uma premeditação. Outra coisa, estas “barreiras” que citei, não são perceptíveis, na verdade trata-se de questões psicológicas e espirituais.

 

Hoje entendo que não é apenas a barreira rompida à princípio, que tem como consequência de se tirar uma vida que é importante, mas a barreira que se desfaz com o tirar a vida de alguém, ou seja, em outras palavras, não é apenas a porta que abriu-se para que ocorresse o fato, mas a que permaneceu aberta depois dele que também importa, tendo em vista que a barreira que permanece aberta, transpassa as questões ético-morais de tal forma que elas perdem o sentido de ser, e neste sentido e contexto a única razão para que não se cometa mais um crime, cai por terra, que são justamente as questões ético-morais; um padrão de caráter e que faz que a imoralidade, a libertinagem e a devassidão não sejam corriqueiros e que a justiça seja feita...

Em relação a estas “barreiras rompidas” frente as atitudes de se dissipar completamente uma vida, temos que pensar em duas delas: a primeira barreira, é a que se rompe frente a primeira atitude de cometimento do crime, o que faz que se projete a mente a outro patamar de consciência, seja este patamar de consciência, “perceptível”, como no caso literal de consciência ou “imperceptível”, como no caso do subconsciente, o qual não se tem consciência do mesmo; muito embora não sejamos isentos das consequências da mesma, ou seja, por consequências das atitudes. É justamente aqui, na primeira barreira em que devemos falar da timidez e do princípio do medo, na verdade, do receio como princípio do medo propriamente dito.

Já na segunda barreira que é justamente depois do crime cometido, depois que se entra neste outro patamar de consciência, ou seja, depois que a timidez e o receio caem por terra, sendo este estado de consciência agora literalmente comprometido, pois no mesmo não existe mais as questões de pudor, temor ou medo, que naturalmente impede o ser humano de agir erroneamente e ou com prudência em relação à razão estabelecida pela mente; antes saudável sem barreiras rompidas. Sem contar, que já existe, por causa do pecado original um rompimento desta barreira, além da desinibição, foi justamente o que ocorreu no Éden, ou seja, é justamente aqui, onde ocorre o que menos esperamos, justamente por causa da obscuridade de nossa consciência, que agora, com certeza comprometida de tal forma que tudo passa a ser justificativa, uma espécie de saída para nossas atitudes.

E mais, é justamente nos primeiros, instintos, ou seja, na primeira barreira, que ocorre no corpo humano as questões fisiológicas e ou químicas, diferentemente do que ocorre na segunda barreira, que é o estágio em que tudo passa a ser, quase que aceitável, mas não é normal, embora comum, e de certa forma passa a ser normal para o corpo humano, ou seja, ele assimila, aceita as condições impostas por processos biológicos e químicos como algo normal, portanto, o que antes causava um mau estar, já não causa mais, mas que de alguma forma e na mente de alguns, é aceitável e até pode ser no caso em que não haja a premeditação, pois pode ser justificado em relação a legítima defesa.

 

Bom, é justamente aqui na segunda barreira, em que as condições mentais são afetadas de forma a que frente a estas barreiras depois de caídas, não há mais a condição saudável de comportamento e aqui mais uma vez ocorre uma limitação da consciência. Os especialistas neste sentido, dizem que ocorre um volume e expansão conceitual do desempenho, em que é difícil iniciar determinada ação ou dar-lhe prosseguimento, e que tem na hesitação um componente característico. Na verdade, depois das barreiras ético-morais rompidas, esta hesitação ocorre em relação à estas questões ético-morais, mas se abrem para as questões em que desconsideram por completo, tanto a ética, quanto a moral e tudo, mas tudo mesmo, passa a ser justificado...

 

Diante desta situação mental e ou comprometimento mental, cai por terra, por exemplo, a barreira da timidez, que é uma das primeiras barreiras a cair...

 

Timidez, Constrangimento

Exs.:

A inibição o refreia em muitas de suas iniciativas;

A presença do chefe é um fator de inibição para este ou aquele subalterno; Proibição.


É bom lembrarmos que de acordo com alguns especialistas, a timidez é o medo em forma de experiência, ou seja, ele é experienciado por muitos indivíduos e diante de pessoas desconhecidas ou situações novas as quais proporciona a inibição, e é justamente esta que impede determinadas atitudes. Neste sentido, isto poderá comprometer de forma significativa a realização pessoal e poderá também constitui-se em fator de má qualidade de vida. Aqui também é bom lembrarmos que a timidez, por si só, não é considerada um transtorno mental.

 

Aqui é bom ressaltarmos ainda, que em relação ao Ser humano, as questões de timidez, quando em grau moderado, todos somos em algum momento de suas vidas, afetados por ela, e que em geral, ela funciona como um filtro em relação a nossas atitudes, ou seja, ela tem caráter de regulador comportamental em relação ao convívio social e desta forma ela, a timidez é inibidora dos excessos condenados pelas questões ético-morais, isto em um nível mais incisivo, mas quando moderado, ela é percebida em questões menos complexas, exemplo de você não ter coragem de falar com seu chefe, com a pessoa que gosta e ou ama, etc., e até mesmo ao desconsiderarmos estes aspectos ético-morais, mas somos de certa forma julgados pela sociedade como um todo, ou parte dela, seja este julgamento justo ou não.

 

A timidez neste sentido e contexto, funciona ainda como um mecanismo de defesa que permite à pessoa avaliar à determinadas situações, utilizando-se para isto, tanto a prudência, quanto a cautela e busca, baseados nestes parâmetros, uma resposta satisfatória, adequada a cada situação específica a qual nos deparamos no dia a dia. A timidez é um dos primeiros parâmetros utilizado por nossa consciência no receio, seguido justamente das questões ético-morais, quando ainda não afetadas, ou seja, quando àquelas “barreiras” as quais falamos anteriormente não foram rompidas.

 

Para entendermos esta questão de forma mais fácil, imaginem o seguinte:

Primeiro: quando nos deparamos com um rio de águas correntes e que ao tentarmos atravessar percebemos que naquele momento é impossível, isto porque a correnteza naquele horário é muito forte. Daí, percebemos que em determinado horário, além de pouca correnteza, o rio baixa, nos possibilitando passar e percebemos isto durante alguns dias, depois semanas e finalmente, depois de alguns meses.

Segundo: ao enchermos vários balões com uma bomba adequada, percebamos a calibragem ideal de forma que o mesmo não estoure e que não desperdicemos espaço, ou seja, a capacidade do mesmo em receber ar.

 

Bom, ambos os casos citados logo acima, ou seja, tanto o “primeiro”, quanto o “segundo”, nos deparamos com a questão “medo” e ou “receio”. O primeiro caso, sendo este muito mais acirrado, devido nossa vida está em jogo, por causa da correnteza. Já no segundo, a questão medo não é tão importante assim, tendo em vista que não há perigo de morte e é justamente aqui, que o receio é mais percebido que o medo. No primeiro caso, ao percebermos que há uma possibilidade de que possamos atravessar o rio, sem que venhamos a ter problemas, e neste sentido, a primeira barreira foi rompida, ou seja, tudo àquilo que nos impedia de atravessar o rio e desta forma, esta porta aberta permanecerá aberta independente de que haja outra porta. A porta criada pela ação de atravessar; pois só quando posto em prática é que se concretiza e se quebra verdadeiramente a segunda barreira, enquanto que a primeira barreira e ou porta, ainda nos impedia de prosseguirmos.

Esta segunda barreira, depois que a primeira caí, é impossível que não nos transforme, pois dá andamento a todo o processo depois de cair por terra a inibição, mesmo que, com a quebra da primeira barreira já há de certa forma uma transformação, mesmo que em grau menos acentuado, mas não menos relevante. Esta transformação devido a segunda barreira, vai realçar a transformação já em curso, seja para “bem”, quando a atitude depois dela vencida, seja saudável e ou para “mau”, quando não saudável.

 

Aqui é bom esclarecermos, que quando nos deparamos com o medo ou, como é comum primeiramente a questão do receio, que ao avançar para o medo, ele nos trava de tal forma que nossas atitudes tornam-se inibidas e não somos capazes de, na maioria das vezes, termos bom senso e é aqui onde mora o problema, pois, apesar de estarmos travados, mas não para termos uma atitude sem pensarmos, ou seja, enquanto há receio, há de certa forma uma inibição, mas quando esta passa ao medo, ou travamos literalmente e não temos atitudes, ou as atitudes tomadas em virtude desta paralização e ou travamento, são literalmente desastrosas, pois há muito mais possibilidade de travamento em relação a coisas boas, a pensar, ou seja, ao raciocínio adequado, a prudência, mas que, quando reagimos, é sem pensar, sem considerarmos as questões éticos-morais e isto ocorre quase que instantaneamente, na verdade, instintivamente, e aqui é bom lembrarmos mais uma vez, que é neste momento em que o homem revela seu “animal interior”. Mas aqui é bom ressaltarmos, que isto em nada tem a ver com terapias xamânicas ou algo desta natureza, mas sim, com a condição humana de agir sem consciência do que faz, ou seja, tem a ver com questões psicológicas e das quais o homem age sem razão, muitas vezes inconsciente, imprudentemente e muitas vezes com violência, como um verdadeiro animal.

 

Bom, ao passarmos esta barreira, ficamos desinibidos de tal forma, que se não nos vigiarmos, ela nos leva a comportamentos reprováveis psicologicamente falando, por causa das consequências psicológicas que ele, os comportamentos nos proporciona. O medo por está diretamente relacionado ao instinto de sobrevivência, ele pode nos levar a fugir de determinadas situações ou a ter reações diversas, inesperadas e adversas às questões ético-morais, já vimos isto em outros artigos. Sem contar que podemos apresentar várias reações fisiológicas como o ressecamento dos lábios, o empalidecimento da pele, contrações musculares, calafrios, dentre outros e que começam exatamente depois do receio, ou seja, quando este dá espaço ao medo.

 

Mas claro que o medo também pode ser saudável, um exemplo prático disto é uma criança que em uma praia, manifesta de forma saudável o medo da água, sendo este medo saudável, ele se manifesta de forma a não inibir por completo a criança em relação à água, muito embora a maioria das crianças que têm medo da água do mar, tem um medo tão intenso que apesar de o livrar da água, mas o prende a ele, o medo. Mas de forma moderada este medo de certa forma é saudável, mesmo que a criança não tenha consciência disto...


Bom! Em relação as tatuagens e Piercings, Marcel Mauss (1872-1950), Sociólogo e Antropólogo francês, considerado ainda o pai da Antropologia Francesa; a propósito, ele é sobrinho de Émile Durkheim. Mauss deixou importantes artigos para a Sociologia e a Antropologia Social Contemporânea. Ele nos relatou, na verdade ressaltando em um de seus discursos, falando justamente sobre as técnicas corporais, que o desenvolvimento social sempre evidenciou as formas eficazes de manipulação corporal, como uma necessidade social. De acordo com ele, o corpo sempre foi alvo de manipulações físicas e simbólicas no seio da sociedade e que isto independe de quaisquer épocas e estas configurações sempre foram presentes.

 

Neste sentido; o que agora vai parecer algo insano de se dizer e ou relacionar, mas gosto de salientar que nossas atitudes dizem muito sobre nós, o que é verdade, e não importa o quanto alguns tentam negar isto!

 

Aqui é preciso relacionarmos as questões de “receio” e “medo”, além das “barreiras” já citadas anteriormente; embora a princípio de forma superficial, o que veremos mais neste sentido com a continuação deste estudo, com esta nova configuração relatada por Mauss, justamente por causa das questões sociais. Neste caso, ao estendermos esta questão até os presídios, na verdade até os delinquentes e ou a quem cometeu algum crime, percebemos que estas barreiras já não fazem sentido nenhum, ou seja, elas já não causam mais efeito algum por não inexistirem mais, tendo em vista que algo muito mais físico, como é o caso dos delitos e ou crimes cometidos por cada um que se encontra preso, sejam em cadeias e ou presídios, já fez as barreiras caírem por terra, desde o primeiro crime e ou delito. Outra coisa que temos que lembrar, são exatamente a frequência com que estes delitos e ou crimes são cometidos, ou seja, os delinquentes e ou criminosos de uma forma geral, são reincidentes em seus delitos e ou crimes...

 

Outra coisa a considerarmos e que é muito importante, é que, se pararmos para pensar, isto em relação à delinquentes e ou criminosos, que, se foram mesmo as tatuagens e ou piercings que fizeram cair por terra estas barreiras, elas contribuíram em muito para que não existissem mais parâmetros éticos-morais para se cometer crimes; o que parece sem sentido, pois se pararmos para pensar que, como pode uma simples tatuagem e ou piercing proporcionar tal coisa! Acontece que não é o ato de se tatuar e ou colocar piercing em si, mas o que levou a pessoa a se tatuar e ou colocar piercing, ou seja, são as atitudes por trás, que preocupa, bom, ao menos deveria preocupar. Neste sentido, pensar o inverso não faz muito sentido algum, pois partir de um crime e ou delito à se tatuar ou colocar piercing, que para alguns parece algo banal, parece algo que já não existem barreiras a serem derrubadas, pois agora sim, um crime por si só, já deixa as barreiras por terra...

 

Aqui, no finalzinho deste estudo, é interessante ressaltarmos, isto de acordo com alguns estudiosos e com base nas “Escrituras Sagradas”, os sinais de escravidão espiritual. Neste sentido, existem várias passagens Bíblicas que demonstram isto, e ligados diretamente aos sentidos, mas também ligados a “pele” é claro, mas relatarei apenas algumas:

 

A Pele: (relacionada à própria vida espiritual), Gên. 3:1-7, 9-19; Êxod. 22:26-27, 34:29-30, 33-35; Lev. 11:32, 13:1-59, 15:17; Jó 2:4, 7:5, 16:15, 19:20, 30:30; Lam. de Jer. 3:4, 4:8, 5:10; Miq. 3:2-3...;

O Nariz: (relacionado ao fôlego de vida e a submissão), Gên. 2:7, 3:16, 7:22-24; Ecles. 3:19, 21; Is. 2:22, 42:5; Jo. 8:34...; 

A Boca: (relacionado à imprudência e à confissão), Prov. 21:23; Mt. 15:18; Rom. 10:8-10; Tg. 3:2-12; 1 Jo. 1:9-10; Apoc. 2:21...;

Os Olhos: (relacionados à mente e ao espírito), Mt. 6:22-23; 2 Cor. 3:5, 4:4; Efes. 1:17-18, 4:18...; 

Os Ouvidos/Orelhas: (relacionado ao ouvir e ao crer), Is. 6:10; Jer. 17:23; Rom. 10:14-18; Heb. 3:15; Apoc. 2:21, 3:6...;

O Ventre: (relacionado à vida, a criação e a submissão), Gên. 3:16; Jo. 4:14, 7:38-39; Rom. 16:18; Filip. 3:17-19...


Referências:

 

Freud, Sigmund. Obras Completas Vol. 15 "Cia. das Letras", (1920-1923). Psicologia das Massas e Análise do "Eu" e Outros Textos. Tradução de Paulo César de Souza.

 

Freud, Sigmund. Obras Completas Vol. 16 "Cia. das Letras", (1923-1925). O "Eu" e o "Id", "Autobiografia" e Outros Textos. Tradução de Paulo César de Souza.

 

Freud, Sigmund. Obras Completas Vol. 17 “Cia. das Letras”, (1926-1929). Inibição, Sintoma e Angústia, o Futuro de uma Ilusão e Outros Textos. Tradução de Paulo César de Souza.

 

Freud, Sigmund. Edição Standard Brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud, Vol. 13 “Imago”, (1913-1914). Totem, Tabu e Outros Trabalhos

 

Freud, Sigmund. Edição Standard Brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud, Vol. 19 “Imago”, (1923-1925). O Ego, O Id e Outros Trabalhos

 

Freud, Sigmund. Edição Standard Brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud, Vol. 23 “Imago”, (1937-1939). Moisés, o Monoteísmo, Esboços de Psicanálise e Outros Trabalhos

 

Eliade, Mircea, 1907-1986. Imagens e símbolos: ensaio sobre o simbolismo mágico-religioso / Mircea Eliade; prefácio Georges Dumézil; [tradução Sonia Cristina Tameri. - São Paulo Martins Fontes, 1991. ISBN: 85-336-0030-5, I. Simbolismo I. Título. II. Título: Ensaio sobre o simbolismo mágico-religioso. CDD-306.4, Índices para catálogo sistemático: 1. Simbolismo Cultura : Sociologia 306.4 2. Simbolismo e mito religioso 291.13

 

Davidson, Richard J. O estilo emocional do cérebro [recurso eletrônico] / Richard J. Davidson [tradução de Diego Alfaro]; Rio de Janeiro: Sextante, 2013. Recurso digital. Tradução de: The emotional life of your brain, ISBN: 978-85-7542-915-0 (recurso eletrônico) 1. Emoções 2. Cérebro 3. Psicologia 4. Livros eletrônicos. I. Título. CDD: 55.93, CDU: 159.942

 

Barthes, Roland, 1915-1980. Mitologias / Roland Barthes; tradução de Rita Buongermino, 4ª. ed. Pedro de Souza e Rejane Janowitzer. - 4a ed. - Rio de Janeiro: DIFEL, 2009. 258p. Tradução de: Mythologies, ISBN: 978-85-7432-048-9. 1. Juízo (Lógica). 2. Semântica. 3. França - Usos e costumes. 4. Mitologia. I. Título. CDD - 390.0944, CDU - 316.722(44) Todos os direitos reservados pela: DIFEL - um selo da EDITORA BERTRAND BRASIL LTDA.

 

Revista Leitura & Conhecimento, ano 2, nº. 10, 2019.

Psicologia e Psicanálise

Um Guia Prático Sobre as Ciências que Estudam a Mente

Consultoras:

Dra. Evani Santos

Psicóloga e Coordenadora de Recursos Humanos do Colégio Eniac;

Dra. Mariana Barros

Psicanalista;

Dra. Beatriz Canesin

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Psicóloga e Especialista em Terapia Familiar Sistêmica;

Dr. Guilherme do Prado

Psicólogo Cognitivo-Comportamental;

Dra. Andrea Merighi

Psicóloga Clínica com Ênfase em Psicanálise.

 

Revista Digital de Educación Física y Deportes. Buenos Aires, ano 10, nº. 79, dez., 2004.

Corpos em metamorfose. Um breve olhar sobre os corpos na história, e novas configurações de corpos na atualidade.

Maria Cristina Chimelo Pain & Marlene Neves Strey

 

Paulo Henrique Martins, "A sociologia de Marcel Mauss: Dádiva, simbolismo e associação", Revista Crítica de Ciências Sociais [Online], 73 | 2005.

DOI: https://doi.org/10.4000/rccs.954

URL: http://journals.openedition.org/rccs/954

Posto online no dia 01 outubro 2012 e Acessado em: 04 de março de 2021.

 

meia-lua in Instituto de Linguística Teórica e Computacional (ILTEC) [Entidades financiadoras: Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT); Fundo da Língua Portuguesa / Cooperação Portuguesa (IPAD)]. [consult. 2021-03-07 09:03:57] Disponível na Internet: http://www.portaldalinguaportuguesa.org/advanced.php?action=lemma&lemma=111440

 

meia-lua in Dicionário infopédia da Língua Portuguesa [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2021. [consult. 2021-03-07 09:03:34]. Disponível na Internet: https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/meia-lua


Bíblia de Estudos de Jerusalém.

 

Bíblia de Estudos Thompson.

 

Bíblia de Estudos Anotada e Expandida de “Charles Caldwell Ryrie”, Th.D. e Ph.D.

 

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O homem como produto do meio em que vive deve ser protagonista de sua própria história; como um Ser social, deve basear suas atitudes pautadas na ética e na moral; como um Ser pensante, deve propagar suas ideias e ideais de forma a transformar o mundo para melhor, através das pessoas ao seu redor e como um Ser espiritual, deve ser responsável em todas as suas atitudes.

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