Família e Relacionamentos

domingo, 4 de outubro de 2020

 

Tatuagens e Piercings Parte III

Paralelos Históricos


Este artigo é continuação do artigo logo abaixo:

 

Tatuagens e Piercings Parte II

Fragmentos Históricos

https://familiaerelacionamentos.blogspot.com/2020/08/tatuagense-piercings-parte-ii-este.html

 

 Mais uma vez quero aqui deixar algo bem claro!

“DEUS” amados, não vai te condenar por causa de uma tatuagem, mas vale ressaltar as observações feitas nos artigos anteriores; em suma, devemos refletir a imagem e semelhança de “DEUS” e ele não vai te condenar por desconheceres isto, mas agora você sabe...!

 

Isaías 59:10 - "Apalpamos as paredes como cegos; sim, como os que não têm olhos andamos apalpando; tropeçamos ao meio-dia como no crepúsculo, e entre os vivos somos como mortos"., (alguns são como mortos vivos por deconhecerem a “Palavra de DEUS”...);

 

Sofonias 1:17 - "E angustiarei os homens, e eles andarão como cegos, porque pecaram contra o Senhor; e o seu sangue se derramará como pó, e a sua carne como esterco";

 

Mateus 15:14 - "Deixai-os; são guias cegos; ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão no barranco";

 

Lucas 4:18 - "O Espírito do Senhor está sobre mim, porquanto me ungiu para anunciar boas novas aos pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos, e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos"...

 

Isaías 42:6-7 - "Eu o Senhor te chamei em justiça; tomei-te pela mão, e te guardei; e te dei por pacto ao povo, e para luz das nações; - 7 para abrir os olhos dos cegos, para tirar da prisão os presos, e do cárcere os que jazem em trevas";

 

Isaías 61:1 - "O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos"...

 

Portanto, temos muito o que considerarmos neste sentido. O que está por traz destas atitudes, isto porque, de acordo com a Psicologia, o ser humano tem e busca um ponto de fuga, uma válvula de escape, um meio de fugir da realidade e muitas vezes não temos controle sobre isto. Por exemplo, em um grande trauma, nossa mente bloqueia de certa forma o trauma e aquilo que está associado a ele, como forma de nos proteger da grande agressão que sofremos, seja esta qual for! Neste sentido, este é o ponto de fuga, a válvula de escape, é uma forma de fugirmos da realidade traumática. Muitas vezes este ponto de fuga é algo aparentemente sem muita importância, mas apenas aparentemente isto porque o álcool e as drogas também são utilizados como pontos de fuga... Neste sentido, o álcool e as drogas tentam nos dar um prazer que substitua a dor, a perda e não apenas a adrenalina, mas a dopamina, dentre outras e estas entram em ação de forma a nos proporcionar determinado prazer...

 

Neste sentido, as quatro substâncias químicas naturais que temos, as quais são chamadas de "hormônios da felicidade": endorfina, serotonina, dopamina e oxitocina, entram em ação...

Vejam:

Os hormônios da felicidade: como desencadear efeitos da endorfina, oxitocina, dopamina e serotonina

Conheça maneiras simples de ativar essas quatro substâncias químicas da felicidade, sem uso de drogas ou substâncias nocivas.

Por: BBC

03/04/2017 06h39

Atualizado há 3 anos

https://g1.globo.com/bemestar/noticia/os-hormonios-da-felicidade-como-desencadear-efeitos-da-endorfina-oxitocina-dopamina-e-oxitocina.ghtml

 

Infelizmente estes hormônios entram em ação de forma a não estarmos conscientes disso, pois se tivéssemos consciência, saberíamos que algo está errado; mas nossa condição psicológica nos impede de enxergarmos a realidade como ela realmente é!


É sabido que quando nosso corpo se expõe a um processo traumático, seja este físico e ou psíquico, ele ativa suas defesas naturais… Neste sentido, o cérebro como agente ativador ou que reage a determinados estímulos, como forma de defesa; que por sinal, comanda todos os outros órgãos do corpo humano, age; e isto é tão verídico que quando há morte cerebral, dificilmente o paciente volta quando estar em coma. Neste e em contexto outro, nosso cérebro toma duas possíveis soluções, encarar o problema e ou fugir dele. Neste último caso, ele usa de muitos subterfúgios, como por exemplo, em determinados casos psicológicos, ele bloqueia sua memória para se desligar do trauma, como já mencionado anteriormente… Em outros casos, ele percorre caminhos que normalmente não tomaríamos, e este caminho, depende muito de nossa sanidade mental, ou seja, de o quanto fomos atingidos e de o quanto estamos psicologicamente preparados ou não, além do meio em que vivemos.

 

Portanto, em alguns casos, este caminho pode ser: crer em o que não devíamos; beber; matar; matar-se, ou seja, suicidar-se e até mesmo o sexo; dentre várias outras formas de fuga. Na verdade, podem ocorrer decisões e atitudes imprevisíveis e normalmente distorcidas da realidade, da normalidade, sem que se processe o que normalmente ocorreria, ou seja, que a ética e a moral tivesse sido consultadas por nosso subconsciente como parâmetro balizador de nossas atitudes, em outras palavras, nosso caráter fica comprometido.

 

Bom! Embora muitas vezes isto ocorra sem causar dano algum mais grave, mas mesmo assim, sabemos que a probabilidade de um mal maior ocorrer é altíssimo, ou seja, os casos menos graves não são raros, muito pelo contrário, são frequentes, mas os mais graves podem sim ocorrer, embora com menos frequência, e isto torna-se uma bola de neve; uma questão psicossomática, que são questões tanto orgânicas, quanto psíquicas e que é causado ou agravado por estresse psíquico, geralmente involuntário e inconsciente. É bom lembrarmos, que este problemas são acompanhado de certas alterações do sistema nervoso vegetativo (diz-se de distúrbio de certas funções orgânicas e corporais)…

 

E no caso de encararmos os problemas em tais situações traumáticas, não estaremos prontos para isto e justamente por causa das inconsistências traumáticas, tendemos a tomar as decisões erradas! Neste sentido elas são muito mais danosas que se estivéssemos conscientes; sem traumas...

 

Ainda neste sentido e contexto, temos as fugas mais constantes e comuns; vejam bem, são “comuns” e não “normais” e ou “naturais”! Uma coisa é algo ser comum, outra coisa é ser normal, por exemplo, infelizmente em pleno séc. XXI é comum nos depararmos com “racismo” e “intolerância religiosa”, dentre outros tipos de discriminação, e até mesmo com o feminicídio (violência contra a mulher); muito embora, nem toda a violência contra a mulher seja feminicídio, e ainda a exemplo de: fumar, beber, sexo (fora dos contextos, dos padrões normais, adequados), dentre outras, mas estas coisas não são normais, apesar de comum. As mais comuns, são as neuroses da vida, mas isto tudo não é normal e muito menos natural. Mas o ser algo natural diz respeito ao processo que provem da natureza, que distinguisse do comum por ser normal, por exemplo, fazer frio em tempo de inverno e calor no verão, que aliás, tanto é natural quanto comum e no caso, por exemplo, de eclipses, sejam estes lunares e ou solares são naturais, mas não são tão comuns por não serem tão frequentes. Os eclipses em geral, ocorrem a cada 173 dias, ou seja, de 1 a 3 eclipses por ano. Eles acontecem em uma determinada ordenação e desta forma, fazendo um ciclo a cada 18 anos e 11 dias; são os conhecidos por, “Período de Saros”, com 41 eclipses solares e 29 lunares, percebam que os eclipses solares acontecem em maior frequência, mas mesmo assim, não são tão comuns, apesar de natural. Outro exemplo de coisas comuns e que não são naturais, são os crimes que vemos todos os dias nos jornais, são comuns por ocorrerem com frequência, mas não são naturais!

 

Bom! Nestes casos de distúrbios psicológicos, podem ocorrer e normalmente ocorre; nós abrimos mão de nossa identidade e racionalidade, e isto acontece exatamente, quando perdemos nosso controle e as consequências são obvias, “nossas unhas transformam-se em garras poderosas e nossos dentes em presas afiadas e o Ser humano, dar lugar ao animal irracional que existe dentro dele”… Neste sentido, não é apenas muito bom sermos Cristãos, mas essencial, pois “DEUS” nos dar instruções e nos mostra verdadeiramente quem éramos, quem nos tornamos e quem ele quer que sejamos e nos dar suporte para podermos ser, quem temos que ser; a sua imagem e semelhança, muito embora nossa natureza caída tenta nos desviar desta jornada…!

 

Este mecanismo natural nos foi dado por “DEUS” de forma que pudéssemos superar quaisquer problemas que pudesse surgir, mas devido ao pecado original, tudo, mas tudo mesmo ficou distorcido a ponto de este mecanismo fazer más escolhas, ou nos fazer tomar más decisões; neste sentido os Calvinistas têm certa razão, em relação a soteriologia...!

 

É bom lembrarmos que os estudos de, Cesare Lombroso, Enrico Ferri e Raffaele Garofalo nos traz certa lucidez ao tema em questão...

 

Bom, de acordo com Cesare Lombroso o homem tem tendência por sua natureza a cometer delitos contra seu habitat natural e a tudo que o cerca, isto fica claro em sua obra: “O homem delinquente”... É interessante isto porque, ao confrontarmos com as "Escrituras Sagradas", percebemos que ele está certo, conf. Gên. 6:5, 8:21.

 

Lombroso como médico psiquiatra, tornou-se um dos mais importantes nomes da ciência penal. Suas pesquisas sobre patogenias mentais; utilizando-se de vários estudos relacionados a medicina e ao direito, o ajudou a formular e desenvolver os primeiros fundamentos do estereótipo criminoso. Suas teorias sobre a origem do crime e do criminoso é importantíssima na criminológica, aliás, depois de Lombroso, o Direito e a Criminalística nunca mais foram os mesmos; apesar das críticas. Lombroso foi um dos principais fundadores da Escola Positiva, justamente junto com Enrico Ferri e Raffaele Garofalo.

 

Os estudos de Lombroso instigou a arte de pensar diferente e desta forma entender os fenômenos criminosos e os motivos que levam a se praticar crimes. Seus estudos continuam sendo de extrema importância no meio Acadêmico.

 

Em “O Homem Delinquente”, Lombroso nos relata que assim como os animais, os humanos e vegetais também tendem a cometer delitos contra a natureza, na verdade ele vai além de determinados pormenores...

 

Por exemplo, neste mesmo livro, Lombroso nos fala de tatuagens. 

Lombroso em seu tempo, é bom esclarecermos isto; muito embora já vimos que mesmo hoje, e que não haja, que não seja um qualificador maligno, ou seja, que as tatuagens não sejam um meio exato, um exímio meio de definir um delinquente, um mau elemento, mas a experiência nos diz e sabemos disto, que o fato em si, isto de acordo com a Psicologia e a História das Culturas, nos mostra que àquele a qual tatuou em si alguma figura ou imagem, sente-se na obrigação de pertencerem a algum grupo ou a fazerem algo diferente que chame a atenção da e na sociedade, e isto com certeza é qualificador sim de que, no mínimo, que esta pessoa está inconformada ou insatisfeita consigo mesmo, além de insatisfeita com sua posição na sociedade e aqui entra em cena mais uma vez a Psicologia... Neste contexto é interessante relembrarmos também, dos estudos de Henry Murray (1893-1988) e sua “Teoria das Necessidades Psicogênicas”, citado nos artigos anteriores.

 

Aqui é bom lembrarmos ainda, que não devemos ver esta situação no seguinte sentido; das imagens às pessoas, mas sempre das pessoas às imagens, ou seja, não são as imagens quem definem o caráter de uma pessoa, mas sim, é o caráter de uma pessoa quem define suas atitudes e portanto, o usar ou não tatuagens e piercings. As tatuagens e piercings fazem parte de determinadas características, que junto com outras ajudam a detectar determinado caráter, mas não que elas determinem, definam o caráter, mas sim um conjunto de atitudes, sejam estas físicas e ou espirituais...!

 

Vejam o que Lombroso nos diz em relação a suas pesquisas neste sentido:

"Destes homens que concentram no organismo humano tantas anomalias, como nos crimes, tanta constância nas reincidências, pretendo estudar a biologia e a psicologia. E começarei da característica que é mais psicológica do que anatômica: a tatuagem". Lombroso (O Homem Delinquente, 2010, p. 30)

 

Em sua obra “O Homem Delinquente”, Lombroso parece mesmo crer que as tatuagens definem o caráter de alguém. Apesar de hoje, a tatuagem ter os propósitos de estética e beleza e que, de acordo com alguns, não tem nada a ver com o caráter; um ledo engano na verdade, pois tudo que fazemos, inclusive nossa forma de pensar e agir, diz respeito a nosso caráter, ou seja, está relacionado de alguma forma a nosso caráter... É bom relembrarmos, que não apenas a tatuagem, mas nossos vícios em geral nos diz quem somos, da mesma forma, nossas atitudes diante de alguma questão que exige de nós que nos posicionemos, revela quem somos.

 

É sabido ainda, que as tatuagens são utilizadas com intuitos diversos e entre estes, estão as questões de reafirmação de identidade social; um meio utilizado para que se sintam parte da sociedade, muito embora diferente dos padrões menos excêntricos e de acordo com princípios éticos e morais, ou seja, em uma forma leiga de pensar, o intuito é apenas de chamar a atenção e para isto, vale quase tudo.

 

É sabido também, da importância que este caso tem, pois são nossas convicções, sejam estas assertivas ou não, ou seja, o que está por trás de nossas atitudes que demonstra psicologicamente como estamos de saúde mental e isto, traduz nosso caráter. Neste sentido, o ato de se tatuar precisa e merece ser reanalisado, repensado em uma perspectiva diferente. Ainda neste contexto, deve-se avaliar os verdadeiros motivos que levam a alguns a se tatuarem, a marcarem seus corpos de forma tão grotesca; como veremos na parte “IV” deste artigo, como se a natureza e o Ser humano como “DEUS” os criou não sejam perfeitos esteticamente falando, isto de acordo com os padrões de beleza criado pelo homem...

 

Lombroso em seus estudos e pesquisas, percebeu que dois dos maiores grupos que mais se tatuavam, eram justamente as meretrizes e os delinquentes. Bom, definidor de caráter ou não, ainda hoje percebe-se nestes grupos, esta prática!

 

Vejam bem amados, mais uma vez é bom relembrar-lhes, não devemos partir da visão e ou perspectiva em relação a este caso, da imagem para pessoa e ou grupo, isto constitui-se em um erro crasso que devemos evitar. Mas devemos partir da pessoa e ou grupo à imagem; o inverso, ou seja, não são exatamente as imagens quem definem o caráter de uma pessoa e ou grupo, mas o caráter do grupo e ou da pessoa quem define que tipo de imagem e ou tatuagem que irão utilizar e para que fins, para que propósitos e ou, que tipos de atitudes iremos tomar em determinada situação...

 

Aliás, sabe-se hoje, que a Instituição da Polícia Militar do estado da Bahia, por exemplo, tem desde 2012 oficialmente, uma cartilha em forma de orientação e um banco de dados de presos com suas respectivas tatuagens. Cartilha esta, a qual foi elaborada por iniciativa do Tenente da Policia Militar Alden José Lázaro da Silva, Instrutor da Academia de Polícia Militar e Especialista em Prevenção da Violência, Promovido pelo Departamento de Segurança e Cidadania do estado da Bahia, (NPGA/PROGESP/RENAESP/UFBA). Esta Cartilha serve de prevenção e informações sobre a periculosidade de determinados presos, proporcionando a Instituição Militar a segurança e prudência adequada em relação ao conflito direto com tais meliantes...

 

Baixe a Cartilha no link logo abaixo:

Cartilhade Orientação Policial

Tatuagens:Desvendando Segredos


Link Alternativo:

Tatuagens: Desvendando Segredos (Policia Militar  - Bahia)


Bom! É interessante relembrarmos, que neste estudo realizado pelo Dr. e Prof. Cesare Lombroso, para se definir o perfil, ou seja, a essência criminosa de um meliante, tanto o lugar, quanto o número de tatuagens são importantes, e porque isto é interessante!? Bom, os estudos de Lombroso convergem no sentido de ter a corroboração por parte do levantamento feito pelo Ten. Alden José e que constituiu na elaboração da cartilha em questão e que serve de orientação à Policia Militar em relação aos meliantes e sua periculosidade. Vemos na cartilha que o número de tatuagens, apesar de ainda não ter por parte do tenente, uma definição mais precisa, mas que há indícios e variantes de hierarquia, tempo de crimes e até mesmo, status dentro de determinados grupos, como veremos logo abaixo:

 

Múltiplas tatuagens: criminoso em potencial?

Um número muito grande de tatuagens pelo corpo (as já citadas nesta cartilha) pode indicar hierarquia e/ou status dentro do grupo, como também que o seu portador tem muitos crimes ou ainda que o mesmo está há muito tempo envolvido com a prática de crime(s). Em todo caso, o policial deverá cruzar os dados, sempre!”. Da Silva, Alden. (Cartilha de Orientação Policial, 2012, Pág. 58)

 

Só uma observação amados, temos que estar atentos para o seguinte! 

Algumas pessoas usam tatuagens em áreas do corpo que não estão expostas, a vista, o que no mínimo significa dizer que, se não estão expostas, elas não são para chamar a atenção de todos; mesmo que talvez, seja com o intuito de chamar a atenção apenas de alguns e em determinadas situações; a exemplo da virilha, coxas, seios e glúteos, utilizadas principalmente por mulheres. Neste sentido, elas encaixam-se perfeitamente em questões de natureza sexual, ou seja, é aqui que entra em cena as questões sexuais e eróticas, etc.

 

Portanto amados, não importa o quanto queiramos negar, mas a história nos deixa claro e a psicologia nos explica o que se passa, e de que forma, além de quais os propósitos por trás das tatuagens...

 

Bom! Apesar de ser precipitado se utilizar de tatuagens como indícios de caráter, mas estudos e a própria história cultural nos proporcionam meios de as colocar, não apenas em épocas, mas em culturas em que as mesmas sempre foram utilizadas de forma a representar, grupos e etnias, grupos tribais, indígenas ou não e até mesmo com conotações sexuais e sacrifícios. A diferença é que hoje há banalização de tudo, inclusive do conhecimento em detrimento a ideologias específicas. Outra coisa que devemos lembrar, e é imprescindível que não nos esqueçamos, é que elas caracterizam um pertencimento e ou tributo a determinado grupo, etnias e ou divindades e é justamente aqui, que entra em cena as questões de sacrifícios, sejam estes sexuais ou não...

 

Neste sentido, não apenas as tatuagens, mas as questões eróticas e a luxúria, a exemplo de colares extravagantes, piercings, etc., apesar de serem indícios fortes de pessoas com o intuito de promover-se, destacar-se, por fazer parte de determinados grupos, mas jamais deverão ser utilizados como indicativo de uma mente criminosa; mas, como determinadas características de conduta sim, e muitas vezes definem um caráter criminoso, mas devemos tomar cuidado com determinado estereótipos por causa de nossa falta de conhecimento de causa e até mesmo por causa da vaidade do Ser humano o que poderá demonstrar que não trata-se de questões criminosas; mesmo que ainda continue sendo questões psicológicas, e, por mais que esta característica de conduta ajude a determinar uma mente perversa em alguns casos, ou não.

 

Ainda neste sentido, a cartilha em questão encaixa-se perfeitamente neste contexto. Mas percebam que o Tenente Alden, prudentemente; é bom deixarmos isto bem claro, através de sua cartilha alerta aos policiais para consultar o banco de dados, as fichas criminais dos meliantes, como vimos mais acima, ou seja, cruzar os dados.

 

Considerando tudo isto, percebe-se que em alguns casos, é bom mais uma vez deixarmos isto bem claro, apenas em alguns casos, tanto as tatuagens, como os piercings, etc., podem sim ser indícios de algum distúrbio e até desvio de conduta mais séria, a exemplo de; em casos mais graves e sérios, criminalidade, imoralidade, e os menos graves a exemplo de, ociosidade e esta, gerando a vagabundagem e a vadiagem e ambas podendo gerar crimes mais sérios que os já citados.

É bom relembrarmos, que isto não se trata de preconceito ou de se rotular a quem quer que seja, mas de estudos de culturas e levantamento de dados, como os mencionados na cartilha e em Lombroso. A própria cartilha é um grande indício de que os estudos de Lombroso são coerentes, diferente do que seus críticos dizem...

 

Fica aqui uma observação que não devemos esquecer!

É necessário que sejamos prudentes, mas a prudência não muda os fatos, portanto, não devemos estereotipar as pessoas ou determinados grupos, mas este fato, como já mencionado, não muda a realidade das coisas, ou seja, o fato de não tratarmos algum grupo criminoso, por exemplo, como tal e o fato de não considerarmos os indícios os quais os definem ou diferenciam entre si ou entre um grupo e outro, sejam estes indícios físicos, ou não; através de tatuagens e ou piercings ou de outra forma, quaisquer que sejam estas, não irá mudar quem eles são e ou representam à sociedade, isto é fato.

 

Ainda neste contexto, Luc Ferry professor da Colombes, departamento de Hauts-de-Seine; filósofo francês, professor de filosofia e que tem esta como uma soteriologia, ou seja, a filosofia em seu ponto de vista é essencial à salvação e mais, que ela é concorrente das grandes religiões. De acordo com Ferry, a filosofia é muito mais que isto, ela traz respostas para que possamos superar nossos medos, e isto é de fundamental importância de acordo com suas concepções, tendo em vista que estes, são os obstáculos que impedem nosso desenvolvimento como seres humanos, que amemos uns aos outros e desta forma, que sejamos livres.

 

Neste sentido, Ferry nos diz em relação aos mitos, em seu livro: “A sabedoria dos mitos gregos. Aprender a viver II”:

[...]: qual o sentido profundo dos mitos gregos [...], [...] A resposta, a meu ver, se encontra num trecho de uma das mais conhecidas e mais antigas obras da língua grega, a Odisseia, de Homero. Nela imediatamente nos damos conta de que a mitologia está muito longe de ser, como frequentemente se acha nos dias de hoje, um apanhado de “contos e lendas”, uma série de pequenas histórias mais ou menos fantasmagóricas, com a exclusiva finalidade de distrair. Ao contrário de se limitar a uma simples diversão literária, ela verdadeiramente constitui o cerne da sabedoria antiga, a origem profunda daquilo que a grande tradição da filosofia grega logo a seguir desenvolveu sob uma forma conceitual, visando definir os parâmetros de uma vida bem-sucedida para nós, mortais”. Ferry (2012, Pág. 7)

 

Percebam que o professor Ferry entende que os mitos não são, como alguns entendem, algo inútil que não represente uma realidade e ou um conjunto de pensamentos os quais nos foi transmitido no decorrer dos séculos e que estes pensamentos não sejam importante, pois fazem parte da cultura e crenças de um povo, de uma nação, pelo contrário, eles traduzem justamente uma concepção outrora formulada pela única forma viável de transmissão, “o mito”, tendo em vista que este consegue de forma adequada interligar a verdade transcendental ao símbolo histórico, (grifo meu)...

 

Ainda neste contexto em, “Os outros, os mesmos: a alteridade no mundo antigo”, resultado da XIII Semana de Estudos Clássicos da FEUSP em 2018, nos traz alguns conceitos bastante interessantes por parte de alguns estudiosos, a exemplo de José Antônio Alves Torrano, Cristiane Negreiros Abbud Ayoub, dentre outros...

 

Neste sentido, vejam o que Torrano nos diz:

Além dos estritos limites da imagem e da sensibilidade, ela apreende tanto as imagens quanto o que nelas está incluído e indicado, mas as ultrapassa e assim remete ao que as transcende.”. Torrano, (2018, Pág. 11).

 

O que estaria incluído e indicado nas imagens, mas as ultrapassaria e transcenderia? No pensamento mítico grego arcaico, as imagens se distinguem umas das outras por estarem ou não associadas à noção de Theós, “Deus(es)”, que dá às imagens a ela associadas uma dinâmica própria, de modo a transcenderem os limites da percepção sensorial e ultrapassarem o imediatamente dado. A noção mítica de Theós, “Deus(es)”, nomeia os diversos aspectos fundamentais do mundo e delineia-os mediante imagens tradicionais que assim adquirem um dinamismo próprio pelo qual essas imagens se tornam capazes de dizer mais do que nelas se deixa ver e perceber. Essa noção mítica comunica às imagens o sentido transcendente e fundamental do conjunto de presenças que constituem o sentido cada vez presente em toda vez e o mundo de cada dia e de todos os dias.”. Torrano, (2018, Pág. 12).

 

Cabe ressaltar que dos Deuses se diz que nasceram, porque a imagem de nascimento é um dos meios de descrever o âmbito e as atribuições de cada Deus, sendo as circunstâncias e os eventos envolvidos no nascimento os traços descritivos desse âmbito e dessas atribuições. No entanto, dos Deuses se diz também aièn eóntes, “cada vez presentes”, ou seja, “sempre vivos” (Il. I 494, cf. T. 21, 33, etc.), o que a rigor é o modo mítico de pensar a permanência e perenidade da presença ou, por outra, a eternidade dos Deuses. Não há no pensamento mítico essa contraposição entre ser e devir, o que é uma criação posterior do pensamento filosófico, introduzida por Parmênides e reelaborada por Platão, de modo que a afirmação comum dos manuais escolares segundo a qual os Deuses são imortais, mas não eternos, é um duplo erro por má leitura da imagem mítica e por uma confusão anacrônica entre noções míticas e filosóficas”. Torrano, (2018, Pág. 12-13).

 

Percebam que Torrano chama a atenção para o que realmente representam as imagens. Se pararmos para pensar uma pouco, elas estão muito mais voltadas as questões intrínsecas a nossa vida e senão, a nossa alma, pois todas as culturas as tem como algo próprio para se transmitir suas histórias, como forma de cravá-las e gravá-las em nossa mente...

 

Lembro-me muito bem, que entre os anos de 1998 e 2001; creio ter sido este o período, quando estava morando na cidade de Recife/PE, eu já era Evangélico, mas não tinha uma Doutrina definida e comecei a frequentar a Igreja Nossa Senhora da Soledade, que é um Templo Católico localizado no bairro da Soledade na zona central da cidade do Recife, em Pernambuco. Eu morava no bairro do Derby, também em Recife e que liga algumas das principais avenidas da cidade, como a Av. Caxangá, Av. Conde da Boa Vista; transversal à Av. Oliveira Lima, avenida onde encontra-se no nº. 1029, a Igreja da Soledade e Av. Agamenon Magalhães. Lá eu conheci a Ir. Alves, uma Freira. Ela era uma senhora baixinha, educada, inteligente, prestativa e que gostava de ensinar, aliás, o que ela tinha de baixinha; com todo o respeito, pois ela representou muita coisa boa em minha vida, ela tinha de inteligente.

Lembro-me ainda, como sempre fui crítico e que ela deve ter passado maus bocados comigo, pois criticava muito algumas características da Doutrina Católica. Em determinada ocasião, eu critiquei a adoração de imagens, fui direto ao ponto; com nos diz o saudoso “José Nêumanne Pinto”.

Lembro-me que nesta ocasião a irmã Alves parou tudo o que estava fazendo e pediu-me para que eu sentasse em um banco próximo e sentou-se junto comigo. Como eu estava morando só, ela também foi direto ao assunto e me perguntou se eu era casado, se tinha filhos, pai e mãe, eu respondi que apenas pai e mãe, não era casado na época e ela sabia que eu estava morando só e me disse: “Imagine que você fosse ainda casado e que tivesse filhos, além dos pais, você se encontra morando só agora, então imagine que quando você sente falta deles, caso você tenha uma foto, não a olharia como forma de lembrar-se dos momentos em que estava com eles; as imagens representa exatamente isto para nós Católicos, nós não as adoramos...!?

 

Bom, neste sentido, creio hoje que ela não está completamente errada, de certa forma, muito embora creio que não precisamos de uma foto para nos lembrarmos de quem amamos, mas também creio que com certeza ajuda muito a nos lembrar dos momentos em que estávamos com nossos entes queridos, e não pelo que representa hoje as questões modernas com o advento da internet, nos proporcionando cada vez mais esta possibilidade, mas sim porque de fato, ela tem razão... Mesmo ainda creio que há sim adoração no meio Católico!

 

Bom, creio que aqui terminamos mais uma parte deste estudo...

Nas próximas partes, veremos mais estudos e pesquisas neste sentido e as implicações Bíblicas, físicas e espirituais...

 

Um abraço amados, fica com “DEUS” e até a parte “IV” deste estudo.



Referências Bibliográficas:


TEOGONIA A ORIGEM DOS DEUSES - HESÍODO: Estudo e tradução: J A. A. Torrano, 3ª. edição, Biblioteca Pólen. Dirigida por Rubens Rodrigues Torres Filho. Copyright © da tradução: José Antônio Alves Torrano / Título original do poema: Theogonía Revisão desta edição: Ana Paula Cardoso. Composição: Iluminuras, ISBN: 85-85219-22-X, 1995.

 

Tatuagem. Desvendando Segredos (Policia Militar - Bahia)

Por: Ten. PM Alden José Lázaro da Silva

Idealização e elaboração:

Tem. PM Alden José Lázaro da Silva

Instrutor da Academia de Polícia Militar e Especialista em Prevenção da Violência,

Promoção da Segurança e Cidadania (NPGA/PROGESP/RENAESP/UFBA). 

Silva, Alden José Lázaro da. Tatuagem: desvendando segredos / Alden José L. da Silva. - Salvador: Magic Gráfica, 2012. 73 p.: Il. Contém fotografias. 1. Segurança Pública. 2. Tatuagem - Tipificação Criminal. 3. Tatuagem - Facções Criminosas. 4. Primeiro Comando da Capital - PCC. 5. Comando Vermelho. 6. Yakusa. 7. Máfia Russa. 8. Amigo dos Amigos. I. Título. CDD: 354.810074. Ficha Catalográfica Elaborada por: Dourival da Silva Guimarães Sobrinho CRB-5/1365.

 

Lombroso, Cesare. 1885-1909. O homem delinquente / Cesare Lombroso; tradução Sebastião José Roque. - São Paulo: Ícone, 2007. - (Coleção fundamentos de direito) Título original: Uomo delinquente. ISBN 978-85-274-0928-5,- Cesare Lombroso o HOMEM DELINQUENTE 1. Antropologia criminal 2. Crimes e criminosos 3. Criminologia 4. Direito - Filosofia I. Título. lI. Série. Índices para catálogo sistemático: 1. Delinquentes: Antropologia criminal: Direito penal 343.91 07-1258 CDU-343.91.

 

Ferry, Luc. A sabedoria dos mitos gregos. Aprender a viver II / Luc Ferry; tradução Jorge Bastos. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012. Tradução de: La sagesse des mythes: apprendre à vivre 2. 285p. ISBN: 978-85-390-0345-7, 1. Mitologia grega - Filosofia. 2. Livros eletrônicos. I. Título. 12-1408. CDD: 292.08, CDU: 255.2.

 

Ryrie, Charles Caldwell, 1925 - Teologia Básica - Ao Alcance de Todos / Charles Caldwell Ryrie; traduzido por Jarbas Aragão. - São Paulo: Mundo Cristão, 2004. Título original: Basic Theology - A popular systematic guide to understanding biblical truth. Bibliografia. ISBN: 85-7325-356-B. 1. Teologia - Ensino bíblico. 2. Teologia - Estudo e ensino I. Título. 03-5619; CDD-230.607. Índice para catálogo sistemático: 1. Teologia bíblica: Estudo e ensino. 230.607.

 

CIRLOT, J. Eduardo. Diccionario de Símbolos / Juan Eduardo Cirlot - Al Árbol del Paraíso (fuera de colección) Ediciones, Siruela, 1ª, Edición: mayo de 1997, 10ª. Edición: octubre de 2006. Tít. Original: Diccionario de Símbolos Tradicionales, Luis Miracle, Barcelona 1958; Diccionario de Símbolos, Labor, barcelona 1969; y A Dictionary of Symbols, Routledge & Kegan Paul, Londres 1971, 2ª edition, ISBN: 13: 978-84-7844-798-5, ISBN: 10: 84-7644-798-9.

 

Chemama, Roland. Dicionário de psicanálise / Roland Chemama; trad. Francisco Franke Settineri. - Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1995. 1.  Psicanálise-Dicionário I. Título. CDU: 159.964.2(03). Catalogação na publicação: Mônica Ballejo Canto - CRB 10/1023.

 

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Le Discours sur l'origine et les fondements de l'inégalité parmi les hommes est un essai du philosophe genevois Jean-Jacques Rousseau publié en 1755. ... Rousseau y expose sa conception de l'état de nature, de la perfectibilité humaine et y présente la propriété privée comme source de toutes les inégalités. Correspondance Littéraire, 15 juillet 1755.

 

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INTERACIONISMO SIMBÓLICO, FORMAÇÃO DO SELF E EDUCAÇÃO - UMA

APROXIMAÇÃO AO PENSAMENTO DE G. H. MEAD - Cledes Antonio Casagrande

Educação e Filosofi a, v.30, n.59, p.375-403, jan./jun. 2016. ISSN 0102-6801

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