Tatuagens
e Piercings Parte III
Paralelos
Históricos
Este artigo é
continuação do artigo logo abaixo:
Tatuagens e Piercings Parte
II
Fragmentos Históricos
https://familiaerelacionamentos.blogspot.com/2020/08/tatuagense-piercings-parte-ii-este.html
“DEUS” amados, não vai te
condenar por causa de uma tatuagem, mas vale ressaltar as observações feitas
nos artigos anteriores; em suma, devemos refletir a imagem e semelhança de
“DEUS” e ele não vai te condenar por desconheceres isto, mas agora você sabe...!
Isaías 59:10 - "Apalpamos as paredes como cegos; sim, como
os que não têm olhos andamos apalpando; tropeçamos ao meio-dia como no
crepúsculo, e entre os vivos somos como mortos"., (alguns são como mortos vivos por
deconhecerem a “Palavra de DEUS”...);
Sofonias 1:17 - "E angustiarei os homens, e eles andarão como
cegos, porque pecaram contra o Senhor; e o seu sangue se derramará como pó, e a
sua carne como esterco";
Mateus 15:14 - "Deixai-os; são guias cegos; ora, se um cego
guiar outro cego, ambos cairão no barranco";
Lucas 4:18 - "O Espírito do Senhor está sobre mim,
porquanto me ungiu para anunciar boas novas aos pobres; enviou-me para
proclamar libertação aos cativos, e restauração da vista aos cegos, para pôr em
liberdade os oprimidos"...
Isaías 42:6-7 - "Eu o Senhor te chamei em justiça; tomei-te
pela mão, e te guardei; e te dei por pacto ao povo, e para luz das nações;
- 7 para abrir os olhos dos cegos, para
tirar da prisão os presos, e do cárcere os que jazem em trevas";
Isaías 61:1 - "O Espírito do Senhor Deus está sobre mim,
porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos mansos; enviou-me a
restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a
abertura de prisão aos presos"...
Portanto, temos muito o que considerarmos neste sentido. O que está por traz destas atitudes, isto porque, de acordo com a Psicologia, o ser humano tem e busca um ponto de fuga, uma válvula de escape, um meio de fugir da realidade e muitas vezes não temos controle sobre isto. Por exemplo, em um grande trauma, nossa mente bloqueia de certa forma o trauma e aquilo que está associado a ele, como forma de nos proteger da grande agressão que sofremos, seja esta qual for! Neste sentido, este é o ponto de fuga, a válvula de escape, é uma forma de fugirmos da realidade traumática. Muitas vezes este ponto de fuga é algo aparentemente sem muita importância, mas apenas aparentemente isto porque o álcool e as drogas também são utilizados como pontos de fuga... Neste sentido, o álcool e as drogas tentam nos dar um prazer que substitua a dor, a perda e não apenas a adrenalina, mas a dopamina, dentre outras e estas entram em ação de forma a nos proporcionar determinado prazer...
Neste
sentido, as quatro substâncias químicas naturais que temos, as quais são
chamadas de "hormônios da felicidade":
endorfina, serotonina, dopamina e oxitocina, entram em ação...
Vejam:
Os hormônios da felicidade:
como desencadear efeitos da endorfina, oxitocina, dopamina e serotonina
Conheça maneiras simples de
ativar essas quatro substâncias químicas da felicidade, sem uso de drogas ou
substâncias nocivas.
Por: BBC
03/04/2017 06h39
Atualizado há 3 anos
Infelizmente estes hormônios entram em ação de forma a não estarmos conscientes disso, pois se tivéssemos consciência, saberíamos que algo está errado; mas nossa condição psicológica nos impede de enxergarmos a realidade como ela realmente é!
É sabido que quando nosso
corpo se expõe a um processo traumático, seja este físico e ou psíquico, ele
ativa suas defesas naturais… Neste sentido, o cérebro como agente ativador ou
que reage a determinados estímulos, como forma de defesa; que por sinal, comanda
todos os outros órgãos do corpo humano, age; e isto é tão verídico que quando há
morte cerebral, dificilmente o paciente volta quando estar em coma. Neste e em
contexto outro, nosso cérebro toma duas possíveis soluções, encarar o problema
e ou fugir dele. Neste último caso, ele usa de muitos subterfúgios, como por
exemplo, em determinados casos psicológicos, ele bloqueia sua memória para se
desligar do trauma, como já mencionado anteriormente… Em outros casos, ele percorre
caminhos que normalmente não tomaríamos, e este caminho, depende muito de nossa
sanidade mental, ou seja, de o quanto fomos atingidos e de o quanto estamos
psicologicamente preparados ou não, além do meio em que vivemos.
Portanto, em alguns casos, este
caminho pode ser: crer em o que não devíamos; beber; matar; matar-se, ou seja,
suicidar-se e até mesmo o sexo; dentre várias outras formas de fuga. Na
verdade, podem ocorrer decisões e atitudes imprevisíveis e normalmente
distorcidas da realidade, da normalidade, sem que se processe o que normalmente
ocorreria, ou seja, que a ética e a moral tivesse sido consultadas por nosso
subconsciente como parâmetro balizador de nossas atitudes, em outras palavras,
nosso caráter fica comprometido.
Bom! Embora muitas vezes isto
ocorra sem causar dano algum mais grave, mas mesmo assim, sabemos que a
probabilidade de um mal maior ocorrer é altíssimo, ou seja, os casos menos
graves não são raros, muito pelo contrário, são frequentes, mas os mais graves
podem sim ocorrer, embora com menos frequência, e isto torna-se uma bola de
neve; uma questão psicossomática, que são questões tanto orgânicas, quanto
psíquicas e que é causado ou agravado por estresse psíquico, geralmente
involuntário e inconsciente. É bom lembrarmos, que este problemas são acompanhado
de certas alterações do sistema nervoso vegetativo (diz-se de distúrbio de certas funções orgânicas e corporais)…
E no caso de encararmos os
problemas em tais situações traumáticas, não estaremos prontos para isto e justamente
por causa das inconsistências traumáticas, tendemos a tomar as decisões
erradas! Neste sentido elas são muito mais danosas que se estivéssemos
conscientes; sem traumas...
Ainda neste sentido e contexto,
temos as fugas mais constantes e comuns; vejam bem, são “comuns” e não “normais”
e ou “naturais”! Uma coisa é algo ser comum, outra coisa é ser normal, por
exemplo, infelizmente em pleno séc. XXI é comum nos depararmos com “racismo” e
“intolerância religiosa”, dentre outros tipos de discriminação, e até mesmo com
o feminicídio (violência contra a mulher);
muito embora, nem toda a violência contra a mulher seja feminicídio, e ainda a
exemplo de: fumar, beber, sexo (fora dos
contextos, dos padrões normais, adequados), dentre outras, mas estas coisas
não são normais, apesar de comum. As mais comuns, são as neuroses da vida, mas
isto tudo não é normal e muito menos natural. Mas o ser algo natural diz
respeito ao processo que provem da natureza, que distinguisse do comum por ser
normal, por exemplo, fazer frio em tempo de inverno e calor no verão, que
aliás, tanto é natural quanto comum e no caso, por exemplo, de eclipses, sejam
estes lunares e ou solares são naturais, mas não são tão comuns por não serem
tão frequentes. Os eclipses em geral, ocorrem a cada 173 dias, ou seja, de 1 a 3
eclipses por ano. Eles acontecem em uma determinada ordenação e desta forma, fazendo
um ciclo a cada 18 anos e 11 dias; são os conhecidos por, “Período de Saros”,
com 41 eclipses solares e 29 lunares, percebam que os eclipses solares
acontecem em maior frequência, mas mesmo assim, não são tão comuns, apesar de
natural. Outro exemplo de coisas comuns e que não são naturais, são os crimes
que vemos todos os dias nos jornais, são comuns por ocorrerem com frequência,
mas não são naturais!
Bom! Nestes casos de distúrbios psicológicos, podem ocorrer e normalmente ocorre; nós abrimos mão de nossa identidade e racionalidade, e isto acontece exatamente, quando perdemos nosso controle e as consequências são obvias, “nossas unhas transformam-se em garras poderosas e nossos dentes em presas afiadas e o Ser humano, dar lugar ao animal irracional que existe dentro dele”… Neste sentido, não é apenas muito bom sermos Cristãos, mas essencial, pois “DEUS” nos dar instruções e nos mostra verdadeiramente quem éramos, quem nos tornamos e quem ele quer que sejamos e nos dar suporte para podermos ser, quem temos que ser; a sua imagem e semelhança, muito embora nossa natureza caída tenta nos desviar desta jornada…!
Este mecanismo natural nos
foi dado por “DEUS” de forma que pudéssemos superar quaisquer problemas que
pudesse surgir, mas devido ao pecado original, tudo, mas tudo mesmo ficou
distorcido a ponto de este mecanismo fazer más escolhas, ou nos fazer tomar más
decisões; neste sentido os Calvinistas têm certa razão, em relação a soteriologia...!
É bom lembrarmos que os estudos de, Cesare Lombroso, Enrico Ferri e Raffaele Garofalo nos traz certa lucidez ao tema em questão...
Bom, de acordo com Cesare
Lombroso o homem tem tendência por sua natureza a cometer delitos contra seu
habitat natural e a tudo que o cerca, isto fica claro em sua obra: “O homem delinquente”... É
interessante isto porque, ao confrontarmos com as "Escrituras Sagradas", percebemos que ele está certo, conf. Gên. 6:5, 8:21.
Lombroso como médico
psiquiatra, tornou-se um dos mais importantes nomes da ciência penal. Suas pesquisas
sobre patogenias mentais; utilizando-se de vários estudos relacionados a
medicina e ao direito, o ajudou a formular e desenvolver os primeiros fundamentos
do estereótipo criminoso. Suas teorias sobre a origem do crime e do criminoso é
importantíssima na criminológica, aliás, depois de Lombroso, o Direito e a Criminalística
nunca mais foram os mesmos; apesar das críticas. Lombroso foi um dos principais
fundadores da Escola Positiva, justamente junto com Enrico Ferri e Raffaele
Garofalo.
Os estudos de Lombroso instigou
a arte de pensar diferente e desta forma entender os fenômenos criminosos e os
motivos que levam a se praticar crimes. Seus estudos continuam sendo de extrema
importância no meio Acadêmico.
Em “O Homem Delinquente”,
Lombroso nos relata que assim como os animais, os humanos e vegetais também tendem
a cometer delitos contra a natureza, na verdade ele vai além de determinados pormenores...
Por exemplo, neste mesmo livro, Lombroso nos fala de tatuagens.
Lombroso em seu tempo, é bom
esclarecermos isto; muito embora já vimos que mesmo hoje, e que não haja, que
não seja um qualificador maligno, ou seja, que as tatuagens não sejam um meio exato,
um exímio meio de definir um delinquente, um mau elemento, mas a experiência
nos diz e sabemos disto, que o fato em si, isto de acordo com a Psicologia e a História
das Culturas, nos mostra que àquele a qual tatuou em si alguma figura ou imagem,
sente-se na obrigação de pertencerem a algum grupo ou a fazerem algo diferente
que chame a atenção da e na sociedade, e isto com certeza é qualificador sim de
que, no mínimo, que esta pessoa está inconformada ou insatisfeita consigo mesmo,
além de insatisfeita com sua posição na sociedade e aqui entra em cena mais uma
vez a Psicologia... Neste contexto é interessante relembrarmos também, dos
estudos de Henry Murray (1893-1988) e
sua “Teoria das Necessidades Psicogênicas”,
citado nos artigos anteriores.
Aqui é bom lembrarmos ainda,
que não devemos ver esta situação no seguinte sentido; das imagens às pessoas,
mas sempre das pessoas às imagens, ou seja, não são as imagens quem definem o caráter
de uma pessoa, mas sim, é o caráter de uma pessoa quem define suas atitudes e
portanto, o usar ou não tatuagens e piercings. As tatuagens e piercings fazem
parte de determinadas características, que junto com outras ajudam a detectar
determinado caráter, mas não que elas determinem, definam o caráter, mas sim um
conjunto de atitudes, sejam estas físicas e ou espirituais...!
Vejam o que Lombroso nos diz
em relação a suas pesquisas neste sentido:
"Destes homens que concentram no organismo humano tantas anomalias, como nos crimes, tanta constância nas reincidências, pretendo estudar a biologia e a psicologia. E começarei da característica que é mais psicológica do que anatômica: a tatuagem". Lombroso (O Homem Delinquente, 2010, p. 30)
Em sua obra “O Homem Delinquente”, Lombroso parece
mesmo crer que as tatuagens definem o caráter de alguém. Apesar de hoje, a tatuagem
ter os propósitos de estética e beleza e que, de acordo com alguns, não tem
nada a ver com o caráter; um ledo engano na verdade, pois tudo que fazemos,
inclusive nossa forma de pensar e agir, diz respeito a nosso caráter, ou seja,
está relacionado de alguma forma a nosso caráter... É bom relembrarmos, que não
apenas a tatuagem, mas nossos vícios em geral nos diz quem somos, da mesma
forma, nossas atitudes diante de alguma questão que exige de nós que nos
posicionemos, revela quem somos.
É sabido ainda, que as
tatuagens são utilizadas com intuitos diversos e entre estes, estão as questões
de reafirmação de identidade social; um meio utilizado para que se sintam parte
da sociedade, muito embora diferente dos padrões menos excêntricos e de acordo
com princípios éticos e morais, ou seja, em uma forma leiga de pensar, o
intuito é apenas de chamar a atenção e para isto, vale quase tudo.
É sabido também, da importância que este caso tem, pois são nossas convicções, sejam estas assertivas ou não, ou seja, o que está por trás de nossas atitudes que demonstra psicologicamente como estamos de saúde mental e isto, traduz nosso caráter. Neste sentido, o ato de se tatuar precisa e merece ser reanalisado, repensado em uma perspectiva diferente. Ainda neste contexto, deve-se avaliar os verdadeiros motivos que levam a alguns a se tatuarem, a marcarem seus corpos de forma tão grotesca; como veremos na parte “IV” deste artigo, como se a natureza e o Ser humano como “DEUS” os criou não sejam perfeitos esteticamente falando, isto de acordo com os padrões de beleza criado pelo homem...
Lombroso em seus estudos e
pesquisas, percebeu que dois dos maiores grupos que mais se tatuavam, eram
justamente as meretrizes e os delinquentes. Bom, definidor de caráter ou não,
ainda hoje percebe-se nestes grupos, esta prática!
Vejam bem amados, mais uma
vez é bom relembrar-lhes, não devemos partir da visão e ou perspectiva em
relação a este caso, da imagem para pessoa e ou grupo, isto constitui-se em um
erro crasso que devemos evitar. Mas devemos partir da pessoa e ou grupo à
imagem; o inverso, ou seja, não são exatamente as imagens quem definem o
caráter de uma pessoa e ou grupo, mas o caráter do grupo e ou da pessoa quem
define que tipo de imagem e ou tatuagem que irão utilizar e para que fins, para
que propósitos e ou, que tipos de atitudes iremos tomar em determinada situação...
Aliás, sabe-se hoje, que a Instituição
da Polícia Militar do estado da Bahia, por exemplo, tem desde 2012 oficialmente,
uma cartilha em forma de orientação e um banco de dados de presos com suas
respectivas tatuagens. Cartilha esta, a qual foi elaborada por iniciativa do
Tenente da Policia Militar Alden José Lázaro da Silva, Instrutor da Academia de
Polícia Militar e Especialista em Prevenção da Violência, Promovido pelo Departamento
de Segurança e Cidadania do estado da Bahia, (NPGA/PROGESP/RENAESP/UFBA). Esta Cartilha
serve de prevenção e informações sobre a periculosidade de determinados presos,
proporcionando a Instituição Militar a segurança e prudência adequada em
relação ao conflito direto com tais meliantes...
Baixe a Cartilha no link logo
abaixo:
Cartilhade Orientação Policial
Tatuagens:Desvendando Segredos
Link Alternativo:
Tatuagens: Desvendando Segredos (Policia Militar - Bahia)
Bom! É interessante relembrarmos, que neste estudo realizado pelo Dr. e Prof. Cesare Lombroso, para se definir o perfil, ou seja, a essência criminosa de um meliante, tanto o lugar, quanto o número de tatuagens são importantes, e porque isto é interessante!? Bom, os estudos de Lombroso convergem no sentido de ter a corroboração por parte do levantamento feito pelo Ten. Alden José e que constituiu na elaboração da cartilha em questão e que serve de orientação à Policia Militar em relação aos meliantes e sua periculosidade. Vemos na cartilha que o número de tatuagens, apesar de ainda não ter por parte do tenente, uma definição mais precisa, mas que há indícios e variantes de hierarquia, tempo de crimes e até mesmo, status dentro de determinados grupos, como veremos logo abaixo:
“Múltiplas tatuagens: criminoso em potencial?
Um número muito grande de tatuagens pelo corpo (as já citadas nesta cartilha) pode indicar hierarquia e/ou status dentro do grupo, como também que o seu portador tem muitos crimes ou ainda que o mesmo está há muito tempo envolvido com a prática de crime(s). Em todo caso, o policial deverá cruzar os dados, sempre!”. Da Silva, Alden. (Cartilha de Orientação Policial, 2012, Pág. 58)
Só uma observação amados, temos que estar atentos para o seguinte!
Algumas pessoas usam
tatuagens em áreas do corpo que não estão expostas, a vista, o que no mínimo
significa dizer que, se não estão expostas, elas não são para chamar a atenção
de todos; mesmo que talvez, seja com o intuito de chamar a atenção apenas de alguns
e em determinadas situações; a exemplo da virilha, coxas, seios e glúteos, utilizadas
principalmente por mulheres. Neste sentido, elas encaixam-se perfeitamente em
questões de natureza sexual, ou seja, é aqui que entra em cena as questões
sexuais e eróticas, etc.
Portanto amados, não importa
o quanto queiramos negar, mas a história nos deixa claro e a psicologia nos
explica o que se passa, e de que forma, além de quais os propósitos por trás
das tatuagens...
Bom! Apesar de ser
precipitado se utilizar de tatuagens como indícios de caráter, mas estudos e a
própria história cultural nos proporcionam meios de as colocar, não apenas em
épocas, mas em culturas em que as mesmas sempre foram utilizadas de forma a
representar, grupos e etnias, grupos tribais, indígenas ou não e até mesmo com
conotações sexuais e sacrifícios. A diferença é que hoje há banalização de
tudo, inclusive do conhecimento em detrimento a ideologias específicas. Outra
coisa que devemos lembrar, e é imprescindível que não nos esqueçamos, é que
elas caracterizam um pertencimento e ou tributo a determinado grupo, etnias e
ou divindades e é justamente aqui, que entra em cena as questões de
sacrifícios, sejam estes sexuais ou não...
Neste sentido, não apenas as
tatuagens, mas as questões eróticas e a luxúria, a exemplo de colares
extravagantes, piercings, etc., apesar de serem indícios fortes de pessoas com
o intuito de promover-se, destacar-se, por fazer parte de determinados grupos, mas
jamais deverão ser utilizados como indicativo de uma mente criminosa; mas, como
determinadas características de conduta sim, e muitas vezes definem um caráter
criminoso, mas devemos tomar cuidado com determinado estereótipos por causa de
nossa falta de conhecimento de causa e até mesmo por causa da vaidade do Ser
humano o que poderá demonstrar que não trata-se de questões criminosas; mesmo
que ainda continue sendo questões psicológicas, e, por mais que esta
característica de conduta ajude a determinar uma mente perversa em alguns casos,
ou não.
Ainda neste sentido, a cartilha
em questão encaixa-se perfeitamente neste contexto. Mas percebam que o Tenente Alden,
prudentemente; é bom deixarmos isto bem claro, através de sua cartilha alerta
aos policiais para consultar o banco de dados, as fichas criminais dos
meliantes, como vimos mais acima, ou seja, cruzar os dados.
Considerando tudo isto, percebe-se que em alguns casos, é bom mais uma vez deixarmos isto bem claro, apenas em alguns casos, tanto as tatuagens, como os piercings, etc., podem sim ser indícios de algum distúrbio e até desvio de conduta mais séria, a exemplo de; em casos mais graves e sérios, criminalidade, imoralidade, e os menos graves a exemplo de, ociosidade e esta, gerando a vagabundagem e a vadiagem e ambas podendo gerar crimes mais sérios que os já citados.
É bom relembrarmos, que isto
não se trata de preconceito ou de se rotular a quem quer que seja, mas de
estudos de culturas e levantamento de dados, como os mencionados na cartilha e
em Lombroso. A própria cartilha é um grande indício de que os estudos de
Lombroso são coerentes, diferente do que seus críticos dizem...
Fica aqui uma observação que
não devemos esquecer!
É necessário que sejamos
prudentes, mas a prudência não muda os fatos, portanto, não devemos
estereotipar as pessoas ou determinados grupos, mas este fato, como já mencionado,
não muda a realidade das coisas, ou seja, o fato de não tratarmos algum grupo
criminoso, por exemplo, como tal e o fato de não considerarmos os indícios os
quais os definem ou diferenciam entre si ou entre um grupo e outro, sejam estes
indícios físicos, ou não; através de tatuagens e ou piercings ou de outra forma,
quaisquer que sejam estas, não irá mudar quem eles são e ou representam à
sociedade, isto é fato.
Ainda neste contexto, Luc Ferry professor da Colombes, departamento de Hauts-de-Seine; filósofo francês, professor de filosofia e que tem esta como uma soteriologia, ou seja, a filosofia em seu ponto de vista é essencial à salvação e mais, que ela é concorrente das grandes religiões. De acordo com Ferry, a filosofia é muito mais que isto, ela traz respostas para que possamos superar nossos medos, e isto é de fundamental importância de acordo com suas concepções, tendo em vista que estes, são os obstáculos que impedem nosso desenvolvimento como seres humanos, que amemos uns aos outros e desta forma, que sejamos livres.
Neste sentido, Ferry nos diz em
relação aos mitos, em seu livro: “A
sabedoria dos mitos gregos. Aprender a viver II”:
“[...]: qual o sentido profundo dos mitos gregos [...], [...] A resposta, a meu ver, se encontra num trecho de uma das mais conhecidas e mais antigas obras da língua grega, a Odisseia, de Homero. Nela imediatamente nos damos conta de que a mitologia está muito longe de ser, como frequentemente se acha nos dias de hoje, um apanhado de “contos e lendas”, uma série de pequenas histórias mais ou menos fantasmagóricas, com a exclusiva finalidade de distrair. Ao contrário de se limitar a uma simples diversão literária, ela verdadeiramente constitui o cerne da sabedoria antiga, a origem profunda daquilo que a grande tradição da filosofia grega logo a seguir desenvolveu sob uma forma conceitual, visando definir os parâmetros de uma vida bem-sucedida para nós, mortais”. Ferry (2012, Pág. 7)
Percebam que o professor Ferry entende que os mitos não são, como alguns
entendem, algo inútil que não represente uma realidade e ou um conjunto de
pensamentos os quais nos foi transmitido no decorrer dos séculos e que estes
pensamentos não sejam importante, pois fazem parte da cultura e crenças de um
povo, de uma nação, pelo contrário, eles traduzem justamente uma concepção
outrora formulada pela única forma viável de transmissão, “o mito”, tendo em vista que este consegue de forma adequada
interligar a verdade transcendental ao símbolo histórico, (grifo meu)...
Ainda neste contexto em, “Os outros, os mesmos: a alteridade no mundo antigo”, resultado da XIII Semana de Estudos Clássicos da FEUSP em 2018, nos traz alguns conceitos bastante interessantes por parte de alguns estudiosos, a exemplo de José Antônio Alves Torrano, Cristiane Negreiros Abbud Ayoub, dentre outros...
Neste sentido, vejam o que
Torrano nos diz:
“Além dos estritos limites da imagem e da sensibilidade, ela apreende tanto as imagens quanto o que nelas está incluído e indicado, mas as ultrapassa e assim remete ao que as transcende.”. Torrano, (2018, Pág. 11).
“O que estaria incluído e indicado nas imagens, mas as ultrapassaria e
transcenderia? No pensamento mítico grego arcaico, as imagens se distinguem
umas das outras por estarem ou não associadas à noção de Theós, “Deus(es)”, que
dá às imagens a ela associadas uma dinâmica própria, de modo a transcenderem os
limites da percepção sensorial e ultrapassarem o imediatamente dado. A noção mítica de Theós, “Deus(es)”, nomeia
os diversos aspectos fundamentais do mundo e delineia-os mediante imagens
tradicionais que assim adquirem um dinamismo próprio pelo qual essas imagens se
tornam capazes de dizer mais do que nelas se deixa ver e perceber. Essa noção
mítica comunica às imagens o sentido transcendente e fundamental do conjunto de
presenças que constituem o sentido cada vez presente em toda vez e o mundo de
cada dia e de todos os dias.”. Torrano, (2018, Pág. 12).
“Cabe ressaltar que dos Deuses se diz que nasceram, porque a imagem de
nascimento é um dos meios de descrever o âmbito e as atribuições de cada Deus,
sendo as circunstâncias e os eventos envolvidos no nascimento os traços
descritivos desse âmbito e dessas atribuições. No entanto, dos Deuses se diz
também aièn eóntes, “cada vez presentes”, ou seja, “sempre vivos” (Il. I 494,
cf. T. 21, 33, etc.), o que a rigor é o modo mítico de pensar a permanência e
perenidade da presença ou, por outra, a eternidade dos Deuses. Não há no
pensamento mítico essa contraposição entre ser e devir, o que é uma criação
posterior do pensamento filosófico, introduzida por Parmênides e reelaborada
por Platão, de modo que a afirmação comum dos manuais escolares segundo a qual
os Deuses são imortais, mas não eternos, é um duplo erro por má leitura da
imagem mítica e por uma confusão anacrônica entre noções míticas e filosóficas”.
Torrano, (2018, Pág. 12-13).
Percebam que Torrano chama a atenção para o que realmente representam as imagens. Se pararmos para pensar uma pouco, elas estão muito mais voltadas as questões intrínsecas a nossa vida e senão, a nossa alma, pois todas as culturas as tem como algo próprio para se transmitir suas histórias, como forma de cravá-las e gravá-las em nossa mente...
Lembro-me muito bem, que
entre os anos de 1998 e 2001; creio ter sido este o período, quando estava
morando na cidade de Recife/PE, eu já era Evangélico, mas não tinha uma
Doutrina definida e comecei a frequentar a Igreja Nossa Senhora da Soledade, que
é um Templo Católico localizado no bairro da Soledade na zona central da cidade
do Recife, em Pernambuco. Eu morava no bairro do Derby, também em Recife e que liga
algumas das principais avenidas da cidade, como a Av. Caxangá, Av. Conde da Boa
Vista; transversal à Av. Oliveira Lima, avenida onde encontra-se no nº. 1029, a
Igreja da Soledade e Av. Agamenon Magalhães. Lá eu conheci a Ir. Alves, uma Freira.
Ela era uma senhora baixinha, educada, inteligente, prestativa e que gostava de
ensinar, aliás, o que ela tinha de baixinha; com todo o respeito, pois ela
representou muita coisa boa em minha vida, ela tinha de inteligente.
Lembro-me ainda, como sempre
fui crítico e que ela deve ter passado maus bocados comigo, pois criticava
muito algumas características da Doutrina Católica. Em determinada ocasião, eu
critiquei a adoração de imagens, fui direto ao ponto; com nos diz o saudoso “José Nêumanne Pinto”.
Lembro-me que nesta ocasião a
irmã Alves parou tudo o que estava fazendo e pediu-me para que eu sentasse em
um banco próximo e sentou-se junto comigo. Como eu estava morando só, ela
também foi direto ao assunto e me perguntou se eu era casado, se tinha filhos,
pai e mãe, eu respondi que apenas pai e mãe, não era casado na época e ela
sabia que eu estava morando só e me disse: “Imagine
que você fosse ainda casado e que tivesse filhos, além dos pais, você se
encontra morando só agora, então imagine que quando você sente falta deles,
caso você tenha uma foto, não a olharia como forma de lembrar-se dos momentos
em que estava com eles; as imagens representa exatamente isto para nós
Católicos, nós não as adoramos...!?”
Bom, neste sentido, creio
hoje que ela não está completamente errada, de certa forma, muito embora creio
que não precisamos de uma foto para nos lembrarmos de quem amamos, mas também
creio que com certeza ajuda muito a nos lembrar dos momentos em que estávamos
com nossos entes queridos, e não pelo que representa hoje as questões modernas
com o advento da internet, nos proporcionando cada vez mais esta possibilidade,
mas sim porque de fato, ela tem razão... Mesmo ainda creio que há sim
adoração no meio Católico!
Bom, creio que aqui terminamos mais uma parte deste estudo...
Nas próximas partes, veremos mais
estudos e pesquisas neste sentido e as implicações Bíblicas, físicas e
espirituais...
Um abraço amados, fica com
“DEUS” e até a parte “IV” deste estudo.
Referências Bibliográficas:
TEOGONIA A ORIGEM DOS DEUSES - HESÍODO: Estudo e tradução: J A. A. Torrano, 3ª. edição, Biblioteca Pólen. Dirigida por Rubens Rodrigues Torres Filho. Copyright © da tradução: José Antônio Alves Torrano / Título original do poema: Theogonía Revisão desta edição: Ana Paula Cardoso. Composição: Iluminuras, ISBN: 85-85219-22-X, 1995.
Tatuagem. Desvendando Segredos (Policia
Militar - Bahia)
Por: Ten. PM Alden José Lázaro da Silva
Idealização e elaboração:
Tem. PM Alden José Lázaro da Silva
Instrutor da Academia de Polícia Militar e
Especialista em Prevenção da Violência,
Promoção da Segurança e Cidadania (NPGA/PROGESP/RENAESP/UFBA).
Silva, Alden José Lázaro da. Tatuagem: desvendando segredos / Alden José L. da Silva. - Salvador: Magic Gráfica, 2012. 73 p.: Il. Contém fotografias. 1. Segurança Pública. 2. Tatuagem - Tipificação Criminal. 3. Tatuagem - Facções Criminosas. 4. Primeiro Comando da Capital - PCC. 5. Comando Vermelho. 6. Yakusa. 7. Máfia Russa. 8. Amigo dos Amigos. I. Título. CDD: 354.810074. Ficha Catalográfica Elaborada por: Dourival da Silva Guimarães Sobrinho CRB-5/1365.
Lombroso, Cesare. 1885-1909. O homem delinquente
/ Cesare Lombroso; tradução Sebastião José Roque. - São Paulo: Ícone, 2007. -
(Coleção fundamentos de direito) Título original: Uomo delinquente. ISBN
978-85-274-0928-5,- Cesare Lombroso o HOMEM DELINQUENTE 1. Antropologia
criminal 2. Crimes e criminosos 3. Criminologia 4. Direito - Filosofia I.
Título. lI. Série. Índices para catálogo sistemático: 1. Delinquentes:
Antropologia criminal: Direito penal 343.91 07-1258 CDU-343.91.
Ferry, Luc. A sabedoria dos mitos gregos.
Aprender a viver II / Luc Ferry; tradução Jorge Bastos. Rio de Janeiro:
Objetiva, 2012. Tradução de: La sagesse des mythes: apprendre à vivre 2. 285p.
ISBN: 978-85-390-0345-7, 1. Mitologia grega - Filosofia. 2. Livros eletrônicos.
I. Título. 12-1408. CDD: 292.08, CDU: 255.2.
Ryrie, Charles Caldwell, 1925 - Teologia
Básica - Ao Alcance de Todos / Charles Caldwell Ryrie; traduzido por Jarbas
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